Alunos e educadores se mobilizaram nesta quinta-feira (13), no Centro de Divinópolis, contra o fechamento da Escola Antônio Pio da Silva, no Ferrador, e o pólo de Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola João Severino de Azevedo, no bairro Davanuze.
Uma coletiva de imprensa reuniu representantes da população e lideranças políticas como o vereador Vitor Costa (PT), e a Secretária de Finanças do Partido dos Trabalhadores, Gleide Andrade.
Segundo alunos e professores, a principal crítica ao fechamento das escolas é a falta de diálogo com a comunidade e a justificativa questionável de baixa demanda.
A aluna Selma Maria Raimundo, de 53 anos, desabafou em entrevista para a TV Candidés sobre o fechamento da unidade no momento que ela iria começar os estudos.
“Eles disseram que vai fechar a escola logo agora que eu começar. Então, eu fiquei muito triste. Não falo só no meu nome, falo no nome da escola toda que estava lá. Eu não sei ler, não sei escrever, não estava pensando em estudar, mas agora vou até o fim. Não vou desistir do meu sonho”, disse.
O que diz a Prefeitura de Divinópolis?
No dia 4, a Prefeitura anunciou que apenas o CETEPE, no bairro São Sebastião, iria oferecer o EJA na cidade. A escola fica a mais de 8 km de distância do bairro Davanuze.
“Em 2024, o ano letivo foi encerrado com apenas 26 estudantes, enquanto 10 servidores eram mantidos à noite, para o funcionamento da modalidade. Diferentes registros de acompanhamento in loco, mostraram, ainda, uma frequência de menos de 50% desse número, ao longo dos anos.”, disse o município.
Os estudantes remanejados terão vaga garantida no CETEPE, com direito ao transporte, via cartão Divpass. As aulas foram iniciadas no último dia 5 de fevereiro, no dia seguinte ao anúncio da Prefeitura.
