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1º de maio: “Nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho!”

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Hoje é o “Dia mundial do Trabalhador”. A data faz memória da reivindicação dos trabalhadores de Chicago (USA), em 1886, exigindo a redução da jornada diária de trabalho, de 12 para 8 horas. No Brasil, somente em 1924 é que o 1º de maio passou a ser considerado feriado. Na sua origem, portanto, esse dia é de refletir sobre o trabalho e a dignidade do trabalhador no exercício de sua cidadania.

O trabalho nos confere dignidade e felicidade. No mito da criação, Deus trabalha durante seis dias para criar o mundo, e descansa no sétimo (Gn 2,2). Um provérbio bíblico, em oposição ao pensamento grego que valorizava somente o trabalho intelectual do filósofo, deixou registrado: “Felicidade é poder desfrutar o produto do seu trabalho” (Ecl 2,24).

O Papa Francisco escreveu, a propósito de São José Operário e patrono do trabalhador: “Nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho”. O Papa Pio XII escolheu São José para ser o patrono dos trabalhadores e operários, proclamando-o no dia 1º de maio de 1955, com a seguinte declaração: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho, a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”

Segundo a tradição, São José era um carpinteiro. Com seu trabalho, ele sustentava a sua família, além de ter ensinado ao jovem Jesus o valor do trabalho e da dignidade que ele confere ao ser humano, a de poder comer o fruto do próprio trabalho em família. Em nosso tempo, é triste constatar a situação de desemprego nas famílias. A incerteza do pão de cada dia produz discórdias e desunião nelas.

Uma das metáforas mais bonitas, dentre as comparações que Jesus fez para falar de sua atuação, foi a do “Bom Pastor”, aquele que cuida. Jesus tinha consciência de que ele veio para cuidar das ovelhas desgarradas da Casa de Israel. Ele ensinou que a nossa essência é a do cuidado, a de ser pastor do outro. Muito antes de Jesus, o salmista cantou extasiado que o “O Senhor é meu pastor e nada me faltará” (Sl 22).

O ser pastor tem correlação com o mundo do trabalho. No mundo bíblico, o pastor cuidava das ovelhas que pastavam com dignidade. Assim, elas podiam retribuir ao seu pastor a lã, a carne e o leite. Em nosso tempo, nas relações de trabalho, somos todos chamados a ser pastores. Quem contrata precisa fazê-lo como pastor, ao levar em consideração a dignidade no trabalho e a justiça social. O trabalhador, da mesma forma, desenvolve a sua atividade com a dedicação e cuidado do pastor. Sem essa relação não é possível exercer a igualdade nos direitos e deveres.
Ao exercer o pastoreio, Jesus menciona os seus opositores, os mercenários, aqueles que não se importam com as ovelhas, deixando-as à mercê dos lobos vorazes. Os mercenários de nosso tempo são os que não se preocupam com a dignidade do trabalhador, mas com o lucro que enriquem alguns e empobrecem muitos. Peçamos a Deus as bênçãos para os trabalhadores e trabalhadoras. Unamos nossas forças e ações para que nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família fiquem sem trabalho.

Texto de Frei Jacir de Freitas Faria, OFM

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