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Com dívida de R$ 4 bi, Ricardo Eletro demite 3.500 funcionários

Ricardo Eletro

Cerca de 3.500 funcionários ligados à operação física foram demitidos. Sobram mil, sendo 850 de suporte, ligados à logística e entrega, e 150 no escritório. Segundo a varejista, a pandemia de Covid-19 interrompeu o seu processo de retomada com a reestruturação da rede, após troca na administração no segundo semestre de 2019.

Ricardo Eletro: lojas físicas serão fechadas para dar lugar a investimento nos canais digitais — Foto: Reprodução

Outra aposta é a implementação de revendedores, semelhante ao modelo da Natura . “Um ponto forte da marca é o regionalismo, atendendo fora dos grandes centros, algo que vamos expandir com nossos revendedores, que vão poder auxiliar o cliente com a venda assistida”, diz Ana Garini, responsável pela transformação digital da Ricardo Eletro.

Os revendedores, que podem ser pessoa física ou jurídica, ganham, em média, 12 e 15% de comissão dos serviços financeiros e produtos vendidos, todos disponíveis no site da varejista. Já são 1.500 revendedores cadastrados. Destes, 100 são ex-funcionários das lojas físicas da Ricardo Eletro. “Queremos chegar a 15 mil parceiros até o fim de ano”, diz Ana.

As 320 lojas físicas da rede estavam temporariamente fechadas ao público devido à pandemia. Destas, 30% chegaram a reabrir, mas tiveram que fechar por determinações de governos estaduais ou municipais.
No momento, 313 já foram fechadas definitivamente e sete encerram as atividades nos próximos dez dias.

Nota da empresa

Nota da Ricardo Eletro

“A Máquina de Vendas – controladora da Ricardo Eletro – informa que protocolou em 07 de agosto de 2020 um pedido de Recuperação Judicial na 1ª VARA DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES JUDICIAIS DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP.

É sabido, por parte de todos os colabores, credores e fornecedores, o esforço que vinha sendo feito pela empresa para superar as crises anteriores. Havia um processo de retomada em curso, mesmo com a estrutura de capital ainda fragilizada, que foi interrompido por conta da pandemia de Covid-19.

A Ricardo Eletro, assim como grande parte do setor varejista, vem enfrentando os impactos da pandemia de forma avassaladora. Desde janeiro deste ano, a companhia passou a enfrentar dificuldades no recebimento de produtos chineses destinados à renovação de estoques, devido à paralisação de fornecedores. Em seguida, houve um estrangulamento de caixa provocado pelas necessárias medidas de distanciamento social também no Brasil.

Esses fatos comprometeram os esforços de reestruturação que a Máquina de Vendas vinha empreendendo. Nesse contexto, a alternativa da recuperação judicial mostra-se o caminho mais viável para que a empresa siga com suas operações normalmente e promova a reorganização administrativa e financeira necessária para superar a situação momentânea de crise e ajustar-se estruturalmente para a nova realidade com varejo, no pós-pandemia.

A Máquina de Vendas entende que está no caminho certo e vê a recuperação judicial como um momento transitório na jornada de reconstrução do seu negócio. De maneira inovadora, a Ricardo Eletro foi uma das primeiras a usar de forma intensiva os aplicativos e canais digitais para realizar vendas durante a pandemia, ainda em fevereiro.

A empresa foi também a responsável pela realização da primeira feira digital. Paralelamente, expandiu suas áreas de atuação, passando a integrar parceiros de marketplace que antes não faziam parte do negócio central, como linhas médicas e alimentícias. Nesse contexto, é importante ressaltar a força dos canais digitais, com um crescimento nas visitas ao site, desde março, de 50 mil para 350 mil visitas diárias, e a força de vendas versátil e comprometida.

Entretanto, mesmo com essas notícias positivas e que guiarão o futuro da Máquina de Vendas, é necessário adequar o tamanho da Companhia, seus custos fixos e dar o tratamento adequado à sua estrutura de capital, em razão do momento em que estamos vivendo e que ainda viveremos no médio prazo.

Por isso, concomitante à recuperação judicial, está sendo lançado um novo modelo de negócio, inédito para o setor de varejo da Ricardo Eletro, por meio do qual qualquer pessoa, empresa ou loja terá a possibilidade de vender os produtos da empresa, aproveitar a marca, a malha logística e toda estrutura digital da Ricardo Eletro para se tornar sua parceira.

A empresa sabe da sua responsabilidade em razão do momento histórico e está iniciando esse modelo para que todos possam ganhar e criar uma roda virtuosa. A ideia central agora é aproximar os parceiros da Ricardo Eletro do seu consumidor.

É importante ressaltar que o relacionamento da Ricardo Eletro com seus clientes não será afetado. A empresa segue atendendo com a mesma atenção, respeito e eficiência de sempre as centenas de milhares de consumidores. Compras e entregas serão atendidas nos prazos, sejam elas realizadas pela Ricardo Eletro, por lojas parceiras, no site ou no aplicativo”.

https://www.sistemampa.com.br3/noticias/economia/ricardo-eletro-fecha-todas-as-lojas-inclusive-as-de-divinopolis-e-pede-recuperacao-judicial/

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