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Salum volta ao América e quer transformá-lo em clube empresa.

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Cinquenta dias depois de deixar o comando do conselho de administração, Marcus Salum está de volta ao América, agora para exercer o cargo de coordenador de futebol clube-empresa. Ele foi oficialmente apresentado pelo presidente Alencar da Silveira Junior, na manhã desta terça-feira, no CT Lanna Drumond.

Salum vai trabalhar de forma mais próxima ao técnico Lisca e ao grupo de jogadores, com os quais ele criou uma boa relação desde o ano passado. O ex-presidente participou do início da montagem do atual elenco e terá, no futebol, as companhias de Euler Araújo e Armando Desessards (diretor).

Mas uma das principais atribuições, como o nome do cargo já diz, será acompanhar de perto o projeto de clube-empresa. Na entrevista de apresentação, Marcus Salum explicou como é feito todo o processo para transformação. Segundo ele, dois investidores se interessaram.

“Primeiro, o América contratou a Ernest & Young e um escritório de advocacia de alto nível, que nos ajudou no processo desde o início, desde a época do Paulo Assis, que passou para o Dower… é um processo que vem há seis, oito meses”.

“Você passa um documento básico do clube. Passamos para todo o mercado esse documento. Muitos investidores e clubes se interessaram, e muitos assinaram um documento chamado NDA, que é um acordo para receber a documentação em segredo, um acordo de confidencialidade. Nós passamos para seis ou sete, que assinaram isso. Desses, dois, efetivamente, se interessaram”.

Desses, segundo Salum, um já assinou uma carta de intenções. O próximo passo é solicitar documentos do América para discussão do modelo de contrato e, posteriormente, aprovação do conselho do clube. Em função de cláusulas de confidencialidade, os investidores interessados não podem ser revelados, segundo a direção americana.

“Um deles estamos no estágio da carta de intenções. Esse é o estágio onde você já conversou e está mais ou menos de acordo. A etapa que vem a seguir é chamada de data room, que é de diligência. Ele vai solicitar os documentos, a gente envia e, estando de acordo, a gente discute as cláusulas finais para fazer as aprovações nos poderes do clube”

“Logicamente, tudo que for ser feito será aprovado pelos conselhos, e a gente não faz anda sem falar com eles, que estão cientes disso. Já fizemos uma pré-apresentação, já fizemos uma com o conselho consultivo, vamos fazer outra com o conselho deliberativo, então eu diria que estamos no meio do caminho. Se eram seis meses (para aprovar todo o projeto), considero que estamos indo para três ou quatro meses”.

E o que realmente deixa de ser comandado pelo presidente dentro do clube-empresa? Salum explica, afirmando que haverá manutenção das propriedades por parte do América, mas fazendo uma transição do futebol para as mãos dos investidores.

“O América vai manter seu patrimônio intacto, dando direito de uso no seu CT. Vai continuar com presidente, com conselho, conselho de administração mandando em todas as propriedades do América. Uma nova empresa será formada, onde os jogadores e as competições, o América entra com isso, e o investidor entra com o dinheiro”

“Essa nova empresa vai fazer a gestão do futebol e por isso estou entrando no futebol. Se isso for um sucesso, eu já serei a transição dentro do futebol para o clube-empresa. Porque é uma mudança. O América clube continua com shopping, Santa Luzia, CT, Independência. Dá o direito de uso para o investidor durante um período da parceria e a nova empresa começa uma gestão independente no futebol. Provavelmente eu teria uma participação nessa transição. Então já estou antecipando isso para que a gente possa fazer isso nessa transição”.

A volta ao América

“Eu não esperava estar aqui tão rápido, porque nosso mandato terminou dia 28 de fevereiro, então são 50 dias. Essa é uma prova da união do América, porque desde que houve a transição, o Euler assumiu o futebol, e a gente vem mantendo, durante esses 50 dias, um contato quase que diário. A conclusão que chegamos é de que o ano é decisivo para o América. Eu fiquei encarregado, na sua vinda para a presidência, para seguir com o trabalho do clube-empresa, e esse trabalho, graças a Deus, vem ganhando uma velocidade interessante, com as coisas acontecendo, e concluímos, com um seu pedido, que poderíamos fazer uma união maior. Eu vir para comandar o futebol já tendo a participação do Euler, do Armando e de todo o pessoal que está aqui, nós vamos continuar, e eu vou fazer do meu jeito, estando mais presente, estando com os jogadores. Acho que isso é fundamental, porque o América vive um ano ímpar. (…) O coração falou mais alto, mais uma vez, eu mudei o planejamento de vida, e estou muito feliz de poder voltar para trabalhar no futebol com o Euler, que é um amigo de muitos anos, mas nós nunca efetivamente trabalhamos dessa forma. Espero que a gente tenha sucesso. A única coisa que quero dizer para a torcida é que nós sabemos o tamanho do sonho de vocês. Não vai ser fácil realiza-lo, mas vamos fazer o que a gente puder de melhor. Vamos dedicar, porque este ano um bom campeonato, com alguma coisa a mais que só a permanência, é o sonho de todo americano. O campeonato é duríssimo, a gente sabe das dificuldades, ninguém está aqui se omitindo, e nós vamos lutar para isso”.

O que muda no clube-empresa?