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Presidente afirma: “Atlético estaria na série B”.

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Dentro de campo o Atlético atravessa uma crise e, sem bons resultados, está eliminado da Libertadores, Copa do Brasil e fora do G-4 do Brasileirão. Fora do campo, a situação também é complicada. É o que afirma o presidente do clube, Sérgio Coelho. Segundo o mandatário, se não fosse o apoio dos mecenas que ajudam a gestão, o Galo estaria na Série B do Brasileiro.

“Não fossem essas pessoas (4R’s) para ajudar o Atlético, financeiramente e trabalhando também, o Atlético, não tenha dúvida, estaria na segunda divisão” – Sérgio Coelho

Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães são os 4 Rs que ajudam o clube financeiramente e formam um órgão colegiado que está ligado às decisões administrativas. Sérgio Coelho ressaltou o trabalho dos quatro empresários para ajudar a manter as contas do clube em dia.

“Dentro de campo está difícil, vocês não imaginam fora de campo, em relação às finanças do clube. Nós temos o maior endividamento do futebol brasileiro. Somos o clube que mais deve (…) Hoje pagamos as contas porque os 4R’s ajudam a pagar essas contas. Não fossem eles, não teríamos condições”.

O presidente destacou também a dificuldade que é competir com Palmeiras e Flamengo, clubes de melhor estrutura financeira.

“Flamengo tem o dobro da receita do Atlético, Palmeiras também tem a mais e nós disputando ombro a ombro com eles desde o ano passado. As nossas dificuldades fora de campo são muito grandes”.

O Atlético ainda não consegue estimar o prejuízo financeiro causado pelas eliminações na Copa do Brasil e no Brasileirão. Ele ainda colocou será difícil equilibrar as contas com as obras da Arena MRV em andamento e sem vendas de jogadores.

Sérgio Coelho explica que o prejuízo com as eliminações vão além apenas das premiações e cita que a meta orçamentária inicial em relação à Libertadores foi batida, que era chegar às quartas de final. O time foi eliminado pelo Palmeiras.

“Nós colocamos uma previsão de chegar nas quartas de final da Libertadores, e nós chegamos. Também nas quartas de final da Copa do Brasil, mas ficamos nas oitavas. Você não perde só o valor que ganharia para chegar às quartas, você perde bilheteria, sócios, publicidade… Receitas que vêm quando você está bem no campeonato.

Em função do desequilíbrio financeiro, o presidente não descarta venda de jogadores. Ele explica que a meta de vendas para a temporada foi batida, mas ressalta que os valor da venda de Junior Alonso à Rússia (cerca de R$ 46 milhões) foi colocado no balanço financeiro de 2021. Sérgio Coelho ainda diz que a única proposta recente foi para saída de Nathan Silva.

“A gente também tinha previsão de vender 140 milhões em jogadores. Já vendemos próximo de R$ 150 milhões. Mas a venda do Alonso, que foi feita neste ano, foi contabilizada no ano passado, porque ela foi iniciada no ano passado. Então, estamos com déficit. Vendemos o que era para vender, mas uma parte foi contabilizada no ano passado. Nós precisamos vender mais um pouco, sim. Inevitável não deixar de vender, se houver proposta boa para o clube e para o jogador”.

Até em função das dificuldades financeiras, o Atlético tem como planejamento para os próximos anos a transformação em Sociedade Anônima do Futebol. A dívida global do clube gira em torno de R$ 1,4 bilhão bruto ao fim de 2021. Sérgio Coelho admite que pode haver transformação em SAF ainda no final deste ano.

“Fizemos diferente do que os outros clubes fizeram. Nós preparamos o Atlético, contratamos a EY e a BTG para que nos assessorassem perante ao mercado. Essas empresas levantaram todos os números do Atlético para mostrar a possíveis investidores. Esses investidores fazem a diligência contrária, contratando alguém para confirmar se esses números são verdadeiros. Nós já antecipamos. É possível que a gente, no final do ano, crie uma SAF. O Atlético passa a ser dono 100% e, se vier a vender as ações da SAF, vota no Conselho para aprovar a venda das ações. É um caminho sem volta, é preciso e essa vai ser a solução dos problemas financeiros do clube”.

Questionado sobre propostas à mesa, Sérgio Coelho confirmou que há cartas de intenção assinadas por algumas empresas para análise de toda a documentação do Atlético.

“Existem cartas de intenção que são totalmente confidenciais. A gente passa a trocar documentos, passa a fornecer para elas (empresas interessadas) informações, para os possíveis compradores e interessados. Já existem algumas empresas, sim”.

Sérgio afirma que o interesse da direção é manter mais de 50% das ações da SAF, mas coloca 51% como o máximo para negociação, neste momento.

“Eu acredito que seria o máximo de 51%, mas o ideal é se a gente vendesse um percentual menor para que a gente pudesse ficar com o controle. Vai depender do comprador também. Não acredito que a gente faça negócio vendendo % acima de 51%”.

FUTEBOL MINAS FM