fbpx
Pular para o conteúdo
  • Home
  • América
  • Prefeito Alexandre Kalil explica porque voltou a proibir torcidas nos estádios em BH.

Prefeito Alexandre Kalil explica porque voltou a proibir torcidas nos estádios em BH.

Image

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, explicou em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira, os motivos para proibir novamente a presença de torcida nos estádios da capital. Segundo ele, os dois jogos de semana passada (Atlético-MG x River e Cruzeiro x Confiança) não respeitaram as regras e protocolos de segurança no combate à pandemia.

Kalil destacou que a proposta de voltar a ter público nos estádios foi da Prefeitura. Ele ressaltou que Belo Horizonte foi pioneira na tentativa do retorno das torcidas e que a iniciativa foi exclusivamente da administração municipal.

“Foi uma iniciativa de Alexandre Kalil, que pediu ao comitê de enfrentamento pra dar uma oportunidade pra gente saber se dava pra voltar o futebol. Nenhum dirigente de nenhum clube de Belo Horizonte esteve via ofício, via pessoalmente, via telefonema, pedindo pensando na torcida de futebol. Então eu fico absurdado como de repente parece que nós estamos fechando unilateralmente o futebol. As torcidas e a população têm que saber que nós abrimos o futebol unilateralmente. Depois que nós decidimos que o futebol merecia uma chance, nós chamamos o clube pra colocar os protocolos, que infelizmente, deu no que deu. Não vamos aqui voltar, porque todo mundo assistiu, o Brasil todo assistiu, foi matéria nacional, foi colocado como um verdadeiro escândalo nacional, mas não vamos culpar ninguém não”.

“Se não conseguiram numerar as cadeiras, se o Minas Arena não estava preparado e colocou site pra vender ingresso do dia do jogo, se o torcedor não usa a máscara, se aglomera em bar, enfim. Hoje foi até divulgado pela imprensa que obviamente não tinham dezesseis mil pessoas no Mineirão e quem conhece o futebol e, modéstia à parte eu conheço pouca coisa na vida no futebol conheço, não tinha mesmo”.

“A Prefeitura abriu, sem nenhuma solicitação de clube, para fazer um teste, para dar oportunidade, e a Prefeitura fechou” (Kalil)

O prefeito ainda explicou que a proibição não é definitiva, que o objetivo da tentativa de reabertura era aproveitar o bom momento do Atlético, além de ter os torcedores para ajudar na recuperação de América e Cruzeiro nos Brasileiros das Séries A e B, respetivamente.

“Gostaria de esclarecer também que isso não é uma atitude ad aeternum, isso é uma atitude que nós tentamos antes do Brasil todo colocar, com a boa fé de aproveitar a boa fase, a fase espetacular do Atlético e a recuperação do Cruzeiro e do América”.

Durante a resposta para Ricardo Guimarães, o prefeito também assumiu a responsabilidade da Prefeitura na falha nos testes de retorno de público aos estádios da capital. Segundo ele, a culpa é única e exclusivamente da administração municipal.

“Dentre os ataques ele falou que a Prefeitura é partícipe do desastre. Não, senhor Ricardo Guimarães, a Prefeitura é culpada. Única culpada, porque foi ela que foi ao Comitê, foi o prefeito Kalil que foi ao Comitê pedir o teste. Ela não é partícipe, não. Ela é a culpada. Não tem participação, não, nós é que somos culpados. O prefeito é que achou que ia dar certo e errou. Só que aqui nós não temos compromisso com o erro. E nós vivemos duas experiências, não foi uma. E a imprensa já diz que no jogo do Atlético, obviamente, não tinham 18 mil pessoas. Coisa que eu também sabia, mas não tem como provar”.

Alexandre Kalil também falou sobre os protocolos adotados pela Prefeitura de BH na reabertura do Mineirão. Ele destacou que o modelo ideal seria o da Copa do Mundo, mas que esse esquema não condiz com a cultura brasileira.

“Foram cometidos vários erros e depois nós corrigimos. Qual é o melhor protocolo que existe no futebol mundial? É o da Copa do Mundo, mas o da Copa do Mundo não pode ter bar, não pode ter nada, fecha tudo, só vende lá dentro uma determinada marca de cerveja, tudo que a gente não pode fazer. O preço do ingresso é exorbitante, a cadeira é numerada, isso não faz parte da nossa cultura. Quando tiver todo mundo vacinado, testado, imunizado, nós vamos poder voltar com a alegria do futebol”.

A Prefeitura havia marcado uma reunião com os clubes para esta segunda-feira, mas cancelou com a volta da proibição. Kalil destaca que os clubes serão chamados quando a situação estiver diferente e destaca que a Prefeitura fará um novo protocolo nos próximos 15 dias.

“Nós vamos avaliar primeiro. Quando for pra qualquer coisa diferente do que tá hoje, claro que eles serão chamados, como foram. Mas, nós vimos, foi notícia nacional, extremamente negativa como pra prefeitura, pro Atlético, pro Cruzeiro, e nós temos que ter juízo e esperar mais um pouco. Os números estão melhorando, mas nós temos que ter o distanciamento, temos que ter cuidado e olhar a parte de saúde. Nós vamos fazer um protocolo, vamos deixar isso para os próximos quinze dias”.

Sobre a partida entre Atlético e Palmeiras, pela semifinal da Copa Libertadores, que será no fim de setembro, Kalil é categórico.

“Olha, eu não quero deixar expectativa nenhuma, isso agora não depende mais de mim” – Kalil

Jackson Machado, secretário municipal de saúde, destacou que será efeito um acompanhamento dos torcedores que estiveram no Mineirão nos jogos do Atlético e do Cruzeiro. Ele destacou que se for comprovado que os eventos não tiveram impacto no aumento de casos, a Prefeitura pode liberar torcida para o jogo entre Atlético e Palmeiras, pela Libertadores.

“Nós temos um cadastro de todos os frequentadores do estádio nos dois eventos. Vamos conseguir, nas próximas semanas, comparar os CPFs de quem está internado, doente ou testou positivo, com quem estava no estádio. A gente tem como saber qual será o impacto no perfil epidemiológico da pandemia. É óbvio que, se não houver impacto, a gente pode liberar a torcida para o jogo do dia 29”.