O América perdeu para o Flamengo, por 2 a 1, e perdeu também a chance de entrar no G-7 do Campeonato Brasileiro, além de ver aumentar a concorrência por uma vaga na Libertadores. Não foi um jogo de todo ruim, mas o time cometeu erros que, recentemente, têm feito o time oscilar.
O Coelho é competitivo. Disputa de igual para igual com qualquer time do Campeonato Brasileiro. O Flamengo entrou em campo com equipe completamente reserva, mas ainda assim, peça por peça, era melhor que o time mineiro. E fez valer essas qualidades individuais para ganhar a partida.
O jogo foi aberto desde o primeiro minuto. Lá e cá. O Flamengo abriu o placar em bola aérea – jogada que inclusive influenciou na escalação de Conti –, logo aos 10 minutos, e parecia condicionar a partida a favor do time carioca. Mas o América deu uma resposta importante e imediata, empatando com Everaldo.
O enredo da partida, então, seguiu como antes. Tudo igual no placar e também nas chances. Era jogo de “trocação”, e não só com correria, mas com chances claras para ambos os lados. A diferença é que o Flamengo tinha uma coesão maior no setor ofensivo, com Cebolinha, Marinho e Matheus França se entendendo muito melhor do que o trio de frente do Coelho.
Everaldo era o único que levava perigo, jogando pela direita. O América estava dependente dele, que deu bastante trabalho a Ayrton Lucas. Wellington Paulista e Felipe Azevedo receberam poucas bolas, e Alê praticamente não incomodava os volantes adversários.
Mas o meia teve uma chance clara de virar o jogo. Perdeu, na entrada da pequena área. Do outro lado, fez a diferença, com jogada individual, o jogador de 14 milhões de euros: Cebolinha não perdoou vacilo coletivo da marcação americana e fez 2 a 1 que permaneceu até o fim do jogo.
O América tinha a defesa montada. Estava praticamente com todos os jogadores dentro da área. Mesmo assim, permitiu o atacante limpar e bater livre. Falharam Everaldo, Cáceres, Lucas Kal e Alê. O Coelho peca também no ataque, mas a defesa é o principal ponto de atenção no atual momento de oscilação.
Foram quatro derrotas nos últimos seis jogos. Todas elas por 2 a 1. Ou seja, o time levou oito gols. O detalhe é que antes da primeira dessas derrotas, contra o Cuiabá, o América empilhava três jogos seguidos sem levar gols. Era a terceira melhor defesa do Brasileirão, agora tem apenas o nono melhor rendimento do setor.
São três derrotas seguidas em casa. Todos os revezes com falhas importantes do setor defensivo, que envolve não só os zagueiros, mas também o meio-campo – como falhou Alê no primeiro gol do Fortaleza. É o setor que necessita maior atenção, neste momento, para buscar a vaga na Libertadores.
Hoje, entre os times que estão lutando pelo G-7 – que ainda pode ser G-8 –, o América vive momento melhor do que o Atlético-MG, mas vê ascensão do Fortaleza, do Botafogo e do São Paulo. São times que também oscilam, principalmente os dois últimos, mas têm mais qualidades individuais do que o Coelho. Por isso, o time de Mancini tem que reduzir, urgentemente, os erros, principalmente na defesa.
