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Mineiro, que teve polêmica contra o Atlético, comandará a Comissão de Arbitragem da CBF

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Imagem de Dmitry Abramov por Pixabay

Leonardo Gaciba não é mais presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira pelo presidente interino da entidade, Ednaldo Rodrigues, que está em São Paulo acompanhando a preparação da Seleção para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.

Vice da comissão, o também ex-árbitro Alício Pena Júnior assumirá o cargo até o final do Campeonato Brasileiro. Ele é um crítico aos processos dentro do órgão e deve fazer mais mudanças nos próximos dias.

A polêmica arbitragem de Vinicius Gonçalves Dias Araújo em Flamengo x Bahia, quinta-feira, no Maracanã, antecipou a mudança. O árbitro marcou um pênalti para o Rubro-Negro depois que a bola tocou no peito do zagueiro Conti, do Tricolor baiano. Ele manteve a decisão mesmo depois de ver as imagens no monitor.

Rodrigues já busca o substituto de Gaciba para aprofundar a reformulação da comissão a partir de janeiro. O presidente interino da CBF pretendia desfazer a atual comissão no final da temporada atual, mas decidiu antecipar a decisão após a série de erros da arbitragem nas últimas rodadas.

Gaciba estava no cargo desde 2019 e foi contratado por Rogério Caboclo para modernizar a arbitragem. A CBF investiu alto em tecnologia para ajudar os árbitros em campo.

Ednaldo Rodrigues está no cargo desde agosto. 

O VAR começou a ser usado em competições nacionais em 2018. No ano seguinte, o Campeonato Brasileiro foi disputado já com o árbitro de vídeo.

A falha do árbitro Vinicius Gonçalves Dias Araújo partida entre Flamengo e Bahia, quinta-feira, no Maracanã, foi a responsável pela mudança de planos de Rodrigues.

O árbitro errou ao marcar o pênalti que originou o primeiro gol do Flamengo na vitória por 3 a 0. No lance, a bola bate no peito de Conti, do Bahia, dentro da área. O juiz foi ao VAR e manteve o pênalti.

O VAR começou a ser usado em competições nacionais em 2018. No ano seguinte, o Campeonato Brasileiro foi disputado já com o árbitro de vídeo.

Ele disse aos confidentes que avaliava a possibilidade de acabar com a concentração de poder nas mãos de Gaciba e pediu para o trabalho ser mais compartilhado com os outros integrantes do órgão.

A aliados, Rodrigues disse que a comissão era comandada num modelo arcaico e trabalhava com corporativismo ao não afastar os árbitros que erram nos jogos.

Segundo relato de interlocutores do presidente interino, os juízes deveriam passar por uma reciclagem antes de voltar a apitar após falharem, o que não acontece atualmente. De acordo com pessoas próximas ao dirigente, a falta de reciclagem é a responsável pelos árbitros repetirem os erros na atual temporada.

Veja a nota da CBF sobre a saída de Gaciba:

“A Confederação Brasileira de Futebol informa que, nesta data, deu início a um processo de reformulação na estrutura da arbitragem brasileira, que começa com a substituição do comando de sua Comissão de Arbitragem.

O Presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes, conversou com o Presidente da Comissão de Arbitragem, Leonardo Gaciba, nesta sexta-feira (12) e o entendimento mútuo foi pela necessidade de uma mudança, com a implementação de novos procedimentos visando maximizar os acertos e minimizar os erros de todos os envolvidos.

A CBF agradece a Leonardo Gaciba pelo empenho e pela forma altiva e incansável com que exerceu a Presidência da Comissão de Arbitragem da CBF.

Assumirá a função interinamente, até a conclusão das competições da temporada 2021, o atual Vice-Presidente da Comissão de Arbitragem, Alício Pena Júnior, a quem o Presidente Ednaldo Rodrigues parabeniza, desejando sucesso no cargo e colocando a estrutura da entidade à inteira disposição da Comissão de Arbitragem para o constante aperfeiçoamento e desenvolvimento da arbitragem nacional”.

Alício tem histórico polêmico contra o Atlético. Em um clássico entre Atlético e Cruzeiro, disputado no Mineirão em 2009, o árbitro foi afastado pela FMF por conta de um erro cometido contra o Galo. Em um lance do lateral Carlos Alberto, o zagueiro Léo Fortunato, do Cruzeiro, cometeu falta dentro da área e era o último homem. Além do pênalti, que deveria ser marcado, o cartão vermelho seria a decisão correta. Alício nada marcou no lance.

Após o jogo, o então presidente do Atlético, Alexandre Kalil, atual prefeito de Belo Horizonte, chamou a arbitragem de quadrilha e pediu o banimento de Alício do quadro de arbitragem da FMF. Alício foi afastado no dia seguinte, com o então presidente da FMF, Paulo Schettino, definindo a atuação do árbitro no clássico como infeliz.

O presidente da Comissão de Arbitragem da FMF na época, Lincoln Afonso Bicalho também reconheceu os erros cometidos por Alício Pena Júnior no clássico.

FUTEBOL MINAS FM