fbpx
Pular para o conteúdo

Esquema defensivo deu certo e Atlético trás ponto importante contra o Palmeiras

A expectativa do torcedor do Atlético para o jogo de ontem, contra o Palmeiras, não era das mais altas. O Galo vinha de derrota e de uma sequência de apenas uma vitória em oito jogos no Brasileirão. Do outro lado estava o vice-líder, que jogava em sua casa e teve a semana toda para se preparar. Antes do jogo era improvável achar um atleticano que não “toparia” um empate. E o Galo foi tão bem na primeira etapa que, após o 1 a 1, houve quem lamentasse.

A grande novidade para o jogo foi o esquema tático escolhido por Rodrigo Santana. O Galo foi a campo num 5-4-1, com três zagueiros, uma linha de cinco defensores e outra de quatro jogadores no meio-campo (que também jogavam atrás da linha da bola sempre que o Palmeiras tinha a posse). O Atlético foi a São Paulo sem vergonha de se defender. Estratégia “emergencial” em função da má fase e da necessidade de segurar o poderoso adversário. E dá para dizer que deu certo.

O primeiro tempo do Galo foi praticamente perfeito. O time marcou muito bem, Cleiton pouco trabalhou, e as investidas no ataque foram eficientes. Weverton precisou atuar algumas vezes para evitar que o Atlético abrisse o placar, houve um lance discutível de possível pênalti em cima de Igor Rabello e, aos poucos, o time de Rodrigo Santana foi “amadurecendo” o gol. E ele saiu aos 47, no último lance da primeira etapa, após ótima jogada e finalização de Nathan.

Se a postura do Atlético já era defensiva no 0 a 0, ficou ainda mais no 1 a 0. Se o time foi melhor na primeira etapa, foi inferior nos 45 minutos finais. O Palmeiras se lançou ao ataque e, com qualidade, criou algumas chances para empatar. O Galo se segurava como podia.

Luan, com cãibra, foi substituído por Maicon Bolt, e a substituição precisou ser explicada por Rodrigo Santana na entrevista coletiva, já que o atacante entrou muito mal, pouco produziu, perdeu a chance de matar o jogo em um contra-ataque e marcou Dudu de longe no lance do gol do Palmeiras. Vale destacar, porém, que o gol palmeirense foi muito mais por mérito de Dudu do que demérito da marcação atleticana. Assim como o lance de Nathan, a jogada foi muito bonita, e o gol bem construído.

Mas ele foi eficiente na marcação, teve uma chance que optou pelo passe pro Ricardo, tinha até condições de fazer o gol. Falta de ritmo e entrar num jogo tão quente, não é fácil. Pra quem jogou, sabe o quanto é difícil – completou Rodrigo Santana.

Além de Maicon Bolt, Rodrigo Santana, para substituir Luan, tinha as opções de Cazares, Vinícius e Marquinhos. Os três têm mais ritmo de jogo, e o último é um garoto da base atleticana que, certamente, está ansioso por uma chance no time principal. A escolha por Maicon Bolt não deu certo, mas Rodrigo Santana, numa análise específica sobre o jogo contra o Palmeiras, merece mais elogios que críticas.

O novo sistema, estrategicamente falando, foi uma boa ideia. O treinador teve só dois treinos para encaixar o posicionamento dos jogadores, e o time se mostrou organizado em campo. Apesar do gostinho de “poderia ser melhor”, principalmente por ter sofrido um gol aos 37 do segundo tempo, um empate contra o Palmeiras fora de casa é, sim, bom resultado. O esquema certamente será mantido para o próximo desafio, igualmente complicado.

Na próxima quinta-feira, às 20h, o Atlético encara o líder Flamengo no Maracanã lotado. O Galo terá desfalques importantes (Cleiton, Guga, Luan, Otero…). O adversário também tem desfalques (Rodrigo Caio, Filipe Luís, Arrascaeta, Gabigol…), mas tem um elenco consideravelmente mais forte. Cabe ao time de Rodrigo Santana se defender com humildade, aproveitar as chances criadas e redobrar a atenção quando (e se) estiver à frente do placar.

O empate contra o Palmeiras iniciou uma retomada de confiança, e mais um bom resultado, contra o Flamengo, ajudaria ainda mais neste processo. Depois das duas “pedreiras”, o Galo volta a jogar em casa, contra o Grêmio, no Horto. É outro jogo dificílimo, mas até lá a confiança do torcedor no time pode, quem sabe, voltar. E, com o torcedor ao lado, o Atlético fica consideravelmente mais forte.