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Cruzeiro cumpre primeira “etapa” na série B.

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Duas vitórias em dois jogos. Era isso que o Cruzeiro planejava para o início de Série B. E conseguiu. Superou Botafogo-SP e Guarani com doses grandes de emoção, mas fez o que precisava: zerar a pontuação para, enfim, começar a disputa em igualdade de condições com os adversários, depois de perder seis pontos por uma punição da Fifa.

Tudo o que envolveu o Cruzeiro (principalmente nos primeiros meses do ano) dentro e fora de campo tornaram a Série B ainda mais difícil. Com dificuldades para montar o elenco, o clube passou por troca no comando técnico, eleição presidencial e viu a subida até o G-4 ficar mais íngreme, com o não pagamento de uma dívida, a qual nem cabe mais discussão sobre o culpado.

Com a punição estabelecida, era necessário esquecer a tabela e jogar não só pelo aspecto da pontuação, mas principalmente pelo psicológico. Perder pontos neste início não seria desesperador, mas certamente aumentaria a pressão sobre um início de trabalho bem feito. E o que o Cruzeiro menos precisa em meio ao furacão de 2020 é de sobrecarga de pressão.

Em campo, o time mostrou maturidade nos dois jogos. Além de não ter desespero para vencer a qualquer custo, mostrou poder de reação. Saiu de situações adversas duas vezes, usando bem o fator experiência, com gols decisivos de Jean, Léo e Marcelo Moreno, em momentos importantes.

Agora, com a Série B começando (em termos de pontuação), é hora de evoluir no jogo. A Série B não é fácil, mas nem todos os jogos precisam ser sofridos como foram os dois primeiros, principalmente porque a equipe teve condições de estabelecer o controle das ações.

Enderson organizou – e muito – o time e ainda está num início de trabalho, o que permite oscilações. O elenco vai ganhando corpo. Arthur Caíke e Daniel Guedes surgirão como alternativas de fortalecimento em mais de uma posição. Léo e Cacá formam uma zaga segura, que ainda depende de um acerto do sistema para os dois trabalharem menos. No meio, destaque para Ariel Cabral, retomando alto nível de anos anteriores. O horizonte é positivo, mas sempre com cautela. Futebol não é matemática.