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Atlético agora tem um “santo” diretor executivo de futebol.

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Victor Bagy foi oficialmente apresentado pelo Atlético como diretor de futebol do clube nesta terça-feira. Ele assume o lugar de Rodrigo Caetano, agora diretor de seleções da CBF. Ídolo do clube dentro dos gramados, o ex-goleiro, que ocupava a função de gerente de futebol, tenta agora escrever novos capítulos vitoriosos.

“A emoção é a mesma de 12 anos atrás, quando fui apresentado como atleta, cheio de expectativas, projetos e sonhos, vislumbrando grandes conquistas e títulos. Sei que não é fácil subir o Caetano, com o currículo que ele tem, mas vejo que é possível. Como o presidente falou, conheço o clube como poucos. Vivi conquistas, momentos turbulentos, e isso me preparou para chegar até aqui”.

De 2012 a 2021, Victor escreveu seu nome na história do Galo, com títulos como a Libertadores da América, quando passou a ser chamado de “Santo” pela torcida. Agora, tem um novo desafio no comando do futebol do clube. Ele não teme “manchar a idolatria” construída pela torcida.

“A exposição também existia como goleiro, que tem uma grande responsabilidade. Nunca me omiti, principalmente nas dificuldades. Fazendo um paralelo, existem semelhanças. Mudam os interesses, os discursos, mas o interesse é sempre o mesmo, buscar os resultados para a equipe. A idolatria já foi conquistada, quem está aqui hoje é o diretor de futebol, não o “são Victor””.

“A história está escrita, não tenho medo de manchar. Toda decisão dentro do clube será baseada nas convicções, tentando o melhor para o clube. Quando busca isso de forma responsável, mesmo que eventualmente dê errado, você não vai ter a imagem arranhada ou manchada. Os resultados podem acontecer ou não, mas sempre trabalhamos pelo melhor.”

Ainda quando estava nos gramados, Victor cursou Educação Física pela Escola Superior de Jundiaí. Ele se formou em 2005. Depois, o ex-goleiro procurou a formação na área de gestão. Ele fez o curso de Gestão Técnica do Futebol – na Universidade do Futebol – e de Executivos – da Confederação Brasileira de Futebol – CBF.

“Temos que saber separar as coisas. Uma coisa é o Victor atleta, outra é o Victor diretor. A pressão existe pela pressão. O fato de ter sido atleta por muito tempo me dá conhecimento da missão que tenho pela frente, mas não me pauto só pela vivência do clube. Me preparei, me construí. Eu tenho formação superior em Educação Física. Quando eu tinha 22 anos, me preocupei em ter uma formação acadêmica, porque o futebol é uma carreira incerta. Sigo me preparando para ser o melhor diretor para o clube”.

O nome de Victor ganhou nos bastidores do Atlético nas últimas semanas, diante da saída de Caetano, que assumiu o cargo de diretor de seleções na CBF, na sexta-feira passada.

Victor ocupava o cargo de gerente de futebol no Atlético. O ex-goleiro estava atuando quase um braço direito de Rodrigo Caetano, sempre presente no dia a dia do clube, além de ter o respaldo do grupo de jogadores na Cidade do Galo.

Em 2024, Rodrigo Caetano acertou duas contratações para o Galo: Gustavo Scarpa e Bernard, esse último se apresenta no meio do ano. O clube ainda busca pelo menos mais duas contratações antes do encerramento da janela de transferências, dia 7 de março. Victor traçou o perfil dos nomes buscados.

“Como foi falado, a gente tem um departamento de mercado que tem monitorado todas as possibilidades que temos. Monitoramos o tempo inteiro. O trabalho é feito para que as contratações sejam assertivas, nunca aleatórias, nem para preencher apenas espaço no elenco. Não trazemos jogador para compor. O perfil é jogador de performance, que vá brigar por posição. De forma alguma vamos trazer jogador para compor elenco, e lá na frente ficar insatisfeito por não jogar. Queremos elevar o nível competitivo, identificar oportunidades no mercado, mas sempre visando performance, sem elenco numeroso. Falamos em qualidade, e a busca é por isso. Seguimos monitorando, identificado onde podemos reforçar o Atlético”.

Como goleiro, Victor encerrou a carreira em 2021, após disputar 424 jogos defendendo o Atlético. Pelo Galo, Victor conquistou a Libertadores (2013), a Recopa Sul-Americana (2014), a Copa do Brasil (2014), além de erguer quatro taças do Campeonato Mineiro (2013, 2015, 2017 e 2020).

Ao todo, como atleta, foram 205 vitórias, 109 empates e 110 derrotas com o clube alvinegro. Victor foi eternizado como ídolo do Galo pelo desempenho de destaque na campanha do título da Conmebol Libertadores em 2013.

O então goleiro teve atuações marcantes e ganhou o status de “São Victor” principalmente nas penalidades. Em uma delas, ele defendeu com o pé esquerdo a cobrança do colombiano Riascos, que poderia ter eliminado o Atlético, da competição.