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Após segundo jogo emocionante, decisão da Superliga Masculina ficou para o último confronto.

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Foi um jogo com todos os ingredientes de uma grande final: emoção, técnica e drama. O Minas chegou a estar a dois pontos de dar adeus ao título no tie-break, mas conseguiu uma grande arrancada e virou sobre o Cruzeiro, no segundo jogo da final da Superliga masculina de vôlei. O time do técnico Nery Tabeiro venceu por 3 sets a 2 (21/25, 25/22, 25/22, 21/25 e 18/16), igualou a série e forçou o terceiro e decisivo jogo. De quebra, impediu que o rival levantasse a taça de campeão neste domingo. A taça só será levantada por uma das duas equipes mineiras no próximo domingo, no mesmo ginásio do Sabiazinho.

O Cruzeiro começou vencendo o primeiro set, mas o Minas virou para 2 a 1. No quarto set, a Raposa começou como um rolo compressor e igualou o duelo em 2 a 2. No tie-break, Wallace & Cia. chegaram a fazer 13 a 10, parecia que a taça já estava na mão, mas o Minas conseguiu uma virada espetacular, com direito a levantamento praticamente deitado no chão do líbero Maique.

Na temporada 2021/2022 da Superliga, as duas equipes se enfrentaram quatro vezes, com duas vitórias para cada lado. No quinto e decisivo confronto, quem levar a melhor irá interromper um jejum de títulos na competição. Maior vencedor do torneio, o Minas não levanta a taça desde 2006/2007. Já o Cruzeiro, o segundo maior em títulos, não ganha desde 2017/2018.

William, mais uma vez, foi um ponto de desequilíbrio a favor do Minas. Presente em sua 11ª final consecutiva de Superliga, o levantador conseguiu botar seus atacantes quase sempre na boa para virar a bola. Leandro Vissoto jogou muito bem e foi a bola de segurança do Minas. O jovem Kelvi, de 20 anos, mantido no time titular após uma boa final, também foi fundamental para o Minas. Pelo Cruzeiro, Wallace foi o principal atacante da equipe celeste. Só no primeiro set, o oposto fez oito pontos. Lopez foi caçado no saque e mesmo assim conseguiu ser efetivo no ataque e no saque.

O técnico Nery Tambeiro resolveu fazer mudanças na escalação para tentar surpreender o Cruzeiro. Matheus Pinta se recuperou de lesão e começou como titular. Só que Kelvi foi mantido no time por conta de sua boa atuação no primeiro jogo. Juninho começou na reserva. Vissotto foi a outra novidade do Minas. O técnico Felipe manteve o mesmo time que venceu a primeira partida.

O Minas caçava Lopez no saque para tentar tirá-lo do ataque. Conseguiu algumas vezes abrir dois de vantagem, mas logo o Cruzeiro empatava. Wallace fez dois bloqueios no inicio do jogo e vibrou muito. Em dois ataques seguidos de Lopez, o Cruzeiro passou à frente do placar pela primeira vez (11 a 10). Em mais um bloqueio de Wallace com auxílio de Isac, dessa vez em cima de Leozinho, o time celeste abriu 19 a 16. O oposto fez oito pontos no set e foi o maior responsável pela vitória do Cruzeiro na parcial: 25 a 21. Pinta atacou para fora a última bola.

O Cruzeiro voltou melhor no início do segundo set e ainda estava com uma pitada de sorte. Lopez sacou forte, a bola bateu na rede e caiu do outro lado, abrindo 5 a 2. Aos poucos, o Minas foi se encontrando em quadra e se aproximando. Vissoto explorou Otávio e empatou em 11 a 11. Leozinho atacou no contra-ataque e fez ponto. O Cruzeiro pediu desafio alegando invasão. E aí o jogo ficou parado por mais de cinco minutos porque o vídeo analisou o lance depois de a bola cair e marcou ponto para o Cruzeiro. Houve uma confusão com os jogadores dos dois times reclamando muito. O segundo árbitro foi até o desafio e a arbitragem mudou, acertadamente, a marcação.

Empolgado, o Minas passou a forçar mais o saque e a quebrar o passe do rival. Com isso, ficava mais fácil marcar os ataques. Wallace recebeu uma bola de trás, com bloqueio duplo, tentou dar uma curtinha, mas errou e o Minas abriu dois pela primeira vez no set (16 a 14). O Cruzeiro tentou reagir, mas William fez uma distribuição perfeita, deixando os atacantes sempre no simples. Kelvi fechou a parcial em 25 a 22 e igualou o jogo.

Minas começou muito bem a terceira parcial. Com Honorato sacando bem, conseguiu abrir 3 a 0. Mas Lopez devolveu na sua vez de servir e deixou tudo igual em 5 a 5. Pinta parou Lopez no bloqueio e vibrou muito. Na sequência, Kelvi acertou uma bomba no saque e colocou o Minas em vantagem mais uma vez (12 a 10). Mas durou pouco porque Wallace virou mais uma, e Otávio pegou Pinta no bloqueio (12 a 12).

Só que o Minas estava com a “faca nos dentes”. Rodriguinho explorou o bloqueio, a bola foi para muito longe, mas Leozinho e Kelvi correram muito para chegar e tocar para o alto. William recebeu quase na linha de saque, mas levantou de costas e de manchete de forma perfeita para Vissotto fazer mais um (16 a 14). Na bola seguinte, Honorato parou Wallace sozinho no bloqueio e vibrou muito. Kelvi fez um ace entre Lukinha e Lopez e deixou seu time na boa para fechar o set (22 a 17). O Cruzeiro ainda encostou no saque de Lopez (23 a 22), mas William deixou Pinta sem bloqueio e Vissotto no simples para fechar em 25 a 22.

Experiente, o Cruzeiro não sentiu a virada e começou o quarto set como um trator. Em ataque de Lopez na pipe, abriu 5 a 1. E a pressão seguiu com o time celeste forçando o saque e o Minas errando demais. Rodriguinho sacou bem, Bispo tentou passar, mas deixou de xeque para Isac abrir oito de vantagem (10 a 2).

Muito atrás, Nery decidiu colocar Everaldo, Sanchez e Arthur Bento em quadra para tentar dar uma mexida no time e também para poupar seus jogadores mais velhos (William e Vissotto) para um tie-break. O Minas melhorou e conseguiu diminuir o prejuízo com bons saques de Everaldo e Matheus Pinta (19 a 15). Mas Wallace continuo virando tudo e Lopez fechou a parcial em 25 a 21.

A partida seria decidida novamente no tie-break. No contra-ataque, Wallace abriu 4 a 2 para o Cruzeiro. A vantagem durou pouco. Arthur Bento, que seguiu no time para o set desempate, fez um ace e voltou a igualar (5 a 5). Mas Wallace foi para o saque e voltou a desequilibrar. Em um dos contra-ataques, o próprio oposto abriu três de vantagem para o Cruzeiro (9 a 6).

A situação ficou difícil para o Minas. Atrás no placar, o time ainda tinha a pressão de não poder perder, já que havia sido derrotado no primeiro duelo. Mesmo assim, seguiu tentando e conseguiu o que parecia impossível. Wallace errou duas vezes seguidas, e o Minas virou para 14 a 13. Os times passaram a trocar pontos e o jogo ficou dramático.

Wallace teve a chance de botar o Cruzeiro de novo na frente, mas Honorato parou o oposto no simples. Na bola seguinte, Otávio jogou para fora, e o Minas fechou o quinto set em 18 a 16. Vitória, série empatada e jogo 3 valendo título marcado para o próximo domingo. Dia 8 de maio conheceremos o campeão nacional no ginásio do Sabiazinho.