O Cruzeiro estreou com o pé direito como mandante na Série B. Venceu o Brusque por 1 a 0, no Mineirão, na noite dessa terça-feira. O gol saiu apenas aos 36 do segundo tempo, em um momento que o time não estava tão bem. Paulo Pezzolano ressalta que o Cruzeiro vem passando por momento de reconstrução, que requer paciência.
“Estamos em um caminho de reconstrução. Parece uma desculpa, mas não é. Reconstrução leva tempo. Temos uma torcida muito exigente, e eu gosto muito disso”.
“Eles sabem que história do Cruzeiro leva que tem que ganhar todos os jogos, porque o Cruzeiro é maior que tudo. Mas temos que lembrar que hoje o Cruzeiro está em reconstrução.”
O treinador considera que os erros individuais e coletivos são fruto do excesso de vontade dos jogadores em fazerem o que é pedido pela comissão técnica e o que é “exigido” pela torcida nas arquibancadas. Pezzolano também voltou a exaltar a entrega do elenco.
“Algumas vezes não é o erro do jogador ou da equipe. Essa vontade que eles têm de fazer bem, de ganhar, porque Cruzeiro pede isso, às vezes faz eles errarem. Isso que vi em todos os jogos.
“Hoje estou muito contente com os jogadores, porque a vontade que estão, como estão deixando tudo dentro de campo, é impressionante.”
Diante do Brusque, Pezzolano admite que o time teve dificuldades na fase final de criação, apesar de sair bem da defesa para o meio-campo. O treinador acredita que isso é natural dentro do processo de evolução.
“Depois, dentro da construção do jogo, chegamos bem até o meio-campo, mas falta a conexão quando chega nos extremos, quando tem que ocupar os espaços. Isso está dentro da reconstrução, do modelo de jogo também. Quando pegarmos tudo isso, o Cruzeiro vai ser muito mais competitivo e mais forte.
Na visão do uruguaio, a queda que o Cruzeiro teve no rendimento tem a ver com a tensão. Segundo ele, tal fato ficou evidente com a explosão do time após a confirmação do resultado positivo. Pezzolano quer os jogadores mais leves, deixando a responsabilidade por erros, resultados e atuações ruins com a comissão técnica.
“Tivemos queda pela tensão dentro do campo. Hoje ganhamos, e os jogadores comemoram com a alegria que queiram soltar. Quando eles começarem a liberar mais, vamos jogar muito mais, porque temos volume de jogo, espaços no campo. Necessitamos que eles se liberem mais, que eles saibam que podem errar dentro do campo, isso se vai fazer trabalhando e jogando”.
“Temos que ter paciência com bola, rodar mais e ter mais chances de gol. Tem que liberar. Eles são jogadores que têm que desfrutar do jogo, deixar tudo em campo, e o peso tem que ficar em mim.”
