“O Pequeno Rei” é o primeiro curta de ficção de Romulo Corrêa, e tem lançamento marcado para o dia 20 de novembro às 18h em formato inovador, será uma mostra imersiva, em um local que será desvendado no dia do evento. O filme traz em sua sinopse a atmosfera dos personagens centrais Maria e Zezinho, que unidos por um amor inabalável mostram que a verdadeira beleza está na aceitação de si mesmo e no respeito às diferenças. A obra chama atenção para três pilares importantes para nossa vivência em comunidade: o meio ambiente, a espiritualidade e a comunidade LGBTQIAPN+.
A arte é um caminho belo, singular de se alcançar as pessoas, promover pontes na construção de uma sociedade mais respeitosa e amorosa aos diversos e singulares que somos.
“Maria, uma mulher transgênero com deficiência física, vive em uma humilde casinha no coração do Cerrado, se dedica integralmente à criação de seu sobrinho Zezinho, que foi deixado pelos pais logo ao nascer. Em um ritual único e mágico, ela o transforma em um rei de beleza incomparável. Neste momento especial, Maria compartilha com Zezinho seus valores, enquanto costura roupas que expressam a divindade que há dentro de todos os seres humanos, independente de sexualidade, cor e fé. A cada ano, esse ritual fortalece a autoconfiança desta criança…” trecho da long line do curta.
Para o Diretor Romulo, o conceito do sagrado feminino, presente em todos os seres humanos, muitas vezes é reprimido e ocultado por diversos motivos, como medo, preconceito e educação. Inspirado por essa realidade, ele decidiu escrever esta história. Aqueles que optam por expressar o feminino de forma intensa enfrentam perseguições e até mesmo violência física e psicológica, especialmente em países como o Brasil, onde a violência contra pessoas trans é alarmante. Segundo o Dossiê de LGBTIFOBIA Letal encontrado no portal do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil, publicado em maio deste ano, o País teve 230 mortes de pessoas LGBTI+ em 2023, o número representa uma morte a cada 38 horas. Em uma sociedade predominantemente masculina, a expressão do feminino é muitas vezes rejeitada e reprimida. O que deveria ser celebrado como sagrado, muitas vezes, se torna motivo de discriminação e vergonha.
Para a seleção do elenco, foi realizado um casting para encontrar os três atores que representariam diferentes fases de idade do protagonista. Não foi uma tarefa fácil, mas o sagrado promoveu as soluções, acredita a equipe. Para o personagem Zezinho, precisaríamos de três meninos em idades cronológicas diferentes. Um dos atores foi um rapaz que inspirou Romulo a escrever essa história durante um evento fotográfico, o João Henrique. O segundo Arthur Pelegrini é o filho de uma amiga que sempre impressionou o Diretor com sua personalidade. E o terceiro, Lucas Portela, era conhecido dele de trabalhos fotográficos. Todos eles nunca tinham atuado antes, e essa foi uma motivação extra para a Direção, pois, trouxe uma encenação ainda mais verdadeira e autêntica. A personagem, Tia Maria, também é conhecida por sua incrível atuação como Drag Queen em outros trabalhos, a atriz Olívia Oli. Todos os envolvidos na produção foram essenciais para o sucesso do projeto. Por detrás das câmeras houve uma preocupação e cuidado com a formação da equipe, indivíduos talentosos de diferentes áreas que nunca haviam trabalhado no cinema, mas que possuíam habilidades essenciais para a produção, como: eletricistas, pedreiros e outros especialistas que contribuíram para a montagem dos cenários, da iluminação e na construção do set. Essa estratégia mostrou-se eficaz, além de abrir novas oportunidades para esses profissionais no campo audiovisual.
‘’Interpretar o Zezinho foi um convite a me encontrar com o pequeno Lucas, revisitei medos, culpas e também a sensação de ser livre, foi um presente do divino! Lucas Portela”.
A principal inspiração para este filme é o amor incondicional, que tem o poder de desconstruir preconceitos e desigualdades na convivência humana. O objetivo principal com esta obra é abrir os nossos corações para uma vida em conjunto mais humana e cheia de amor, independente de crenças, raças, cores ou religiões. Perante o Divino, somos todos um e iguais. A valorização do meio ambiente é outra questão presente em todo o ambiente do filme. A gravação aconteceu no ‘’jardim d Kokedama’’, espaço que promove a construção, o respeito, a valorização e educação do meio ambiente do qual o diretor é proprietário.
‘’Quando conheci o Romulo Corrêa, senti uma energia tão mágica, algo me disse naquele dia que ele seria um dos grandes construtores do meu trilhar, que teria uma grandiosa participação na minha história de vida. Pouco tempo depois, surgiu o convite para o filme. Confesso que perguntei a mim mesmo, será um imenso desafio? Será que sou tão forte para aceitar e cumprir as metas e expectativas que ele estava depositando em mim? Não relutei e aceitei. Quando ele me informou o papel que faria e todo o roteiro do curta metragem, me apaixonei por completo. O medo e a insegurança deram lugar à Arte e ao sentimentalismo que a obra pedia. Contracenar com 3 Reis, cada um com sua personalidade e singularidade, foi surreal. Tinha a inocência, a descoberta, a devoção e a verdade, no conjunto dos atores. Acho que trouxe para Tia Maria, minha mãe, avós, tias e mulheres que estão ao meu redor. A palavra que define minha participação não poderia ser outra, senão “Gratidão” – Atriz Olívia Olí ‘’.
Neste filme, o público encontrará a maneira mais sincera e afetuosa de confrontar a escuridão que existe dentro de cada um de nós. Será uma representação única de amor, exibida com uma delicadeza e beleza que nunca antes foram capturadas nesse contexto. A trilha sonora assinada por Theresa Hagen traz para o filme a atmosfera singular e única do azul presente em todo o curta, com a participação especial do coral Afro Undarirê de Divinópolis. Prepare-se para uma experiência de transformação, carregada de emoção e significado. A partir de 2025, o filme será exibido em diversos festivais internacionais e nacionais e serão realizadas mostras em diferentes pontos de cultura/ONGs e instituições da cidade. Este projeto foi possível pela Lei Estadual Paulo Gustavo.
Sobre Romulo Corrêa,
Natural de Divinópolis, morou na Alemanha por mais de 30 anos, onde atuou na área artística como maquiador para filme e moda até se tornar videomaker/cineasta. Sempre foi apaixonado pela forma autêntica e profunda como a câmera captura o que a alma deseja expressar, desde o cenário, figurino, elenco, iluminação, cada aspecto representa uma parte da essência de um filme. Para Rômulo, fazer cinema é permitir comunicar o que às vezes as palavras não conseguem expressar. Abaixo, alguns dos seus trabalhos no audiovisual.
07 – 12/2014—————— Projeto RUA Rio Urban Art/2015 Berlim, Rio de Janeiro.
05 – 06/2014—————— Criador do Projeto RUA Rio Urban Art/2014/ Berlin, Rio de Janeiro.
02 – 05/2013 —————— Criador e realizador do Projeto RUA, intercâmbio cultural Brasil/Alemanha.
Em 2017 ————————Projeto foto/filmagem I’M A FRIDA Berlim
Em 2016 ————————Videoclipe “Samba na palma da mão” Nego Martins Rio de Janeiro
2015/2016 ——————— Speechless” (Mudo) Ficção/Berlim 35 min
2013 – 2016 ———————“Favela time of peace”Brasil Documentário projeto RUA_Rio Urban Art
2013 – 2015——————— “Paradiesvogel” _ Documentário/Vídeo clipes com Edson Cordeiro Berlim (Alemanha).
06/2014 —————————“Vamos lá” vídeo clipe
10/2014 ————————— “Stop Homophobia Demo” Documentação jornalística.
09/2014————————— “Paradiesvogel” _Trailer do Show
08/2014——————————“Ganz Berlin träumt von der Liebe”
11/2013—————————— “Carmen Electra” Videoclipe.
05/2013 —————————– “The best-of Wintergarten” Documentação jornalística.
04/2013——————————- “New Talents Brasilien” _Edição.
03/2013 ——————————-“Tour in favela – Brazil” Documentação jornalística.
01/2013———————————“Terra dos Elefantes” Trailer do Show.
10/2012———————————“Gay not Grey” Documentação jornalística.
05/2012 ———————————“What is cross?” Documentação jornalística
04/2012———————————- “Moça com o brinco de pérola” comercial.
09/2011———————————–“Klischees” Documentação jornalística.
08/2011————————————“Fuck Parade Berlin” _ Documentação jornalística.
Em 2018 ——————————— Barcelona voluntário Movimento artístico ambiental.
2021—————————————- Primeiro Blues Festival ‘’Insano Blues”_ Produção artística.
Em 2021/23—————————— Criou o Projeto ambiental e Cultural Parque Ecológico o Ponto Verde em Divinópolis.
2021/23———————————— Projeto ambiental e cultural Parque Ecológico O PONTO VERDE _ Divinópolis MG.
2019/24 ———————————— Finalização do Documentário ‘Santa Terra Morro da Gurita” pela Lei Paulo Gustavo Municipal.
A trajetória.
Romulo desde muito cedo foi fisgado, como ele mesmo gosta de dizer, pelo mundo do cinema graças à icônica Marilyn Monroe e seu grande amigo Roberto Cruz, que segundo ele sabia tudo sobre cinema e o contava sempre coisas super interessantes sobre este universo. Quando se tornou maquiador artístico, conseguiu realizar o sonho de estar mais próximo do seu diretor favorito, Pedro Almodóvar. Sempre foi encantado por suas obras, especialmente pela forma como ele escolhia seus atores e atrizes. Teve a oportunidade de maquiar Penélope Cruz, na estreia do filme “Volver” em Berlim, após anos de carreira na área. Esse encontro o inspirou a seguir seu desejo de criar suas próprias obras. Decidiu estudar na Academia Internacional de Cinema em Berlim, se tornou Vídeo Maker e, desde então, o audiovisual é a arte que mais o completa, por transmitir com autenticidade tudo o que ele pensa e é. De volta ao Brasil, realizou durante 4 anos o documentário Santa Terra Morro da Gurita, que foi contemplado com a Lei Paulo Gustavo Municipal, participou de diversos festivais, destaque para o “FESTIVAL FAMA” (Sul de Minas). E em dezembro deste ano, o documentário será exibido na TV UFOP (Ouro Preto). Em 2024, Romulo Corrêa foi contemplado com a LPG-Lei Paulo Gustavo Estadual para a produção de obras de audiovisual mineiras, o curta-ficção com ‘O Pequeno Rei’’ e está já está inscrita em mais de 30 festivais mundo afora.