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Conheça a história de Manoel Diamantino, empresário que contribuiu para a expansão do rádio e ramo da construção civil

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O empresário faleceu em decorrência de uma pneumonia e deixou um importante legado para a radiodifusão 

Em 18 de abril deste ano, o setor de radiodifusão se despediu de um importante comunicador e empresário: Manoel Diamantino da Costa. Por isso, como forma de homenageá-lo, a Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) conversou com seu filho, Tarcísio Diamantino, que contou a história do seu pai.

Nascido no ano de 1938 em Passa Quatro, no Sul de Minas Gerais, Manoel Diamantino da Costa possui formação em técnico em Agrimensura. Além disso, estudou, mas sem se formar, Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Porém, sua história na área da comunicação começou na adolescência. Aos 15 anos, fez serviço de alto falante, depois foi mestre de cerimônia e comunicador na Rádio Clube de Passa Quatro. À época também fez teatro amador.

Manoel Diamantino aos 16 anos em evento de formatura de professores da Escola Normal de Passa Quatro – 1955/Foto: arquivo/pessoal

Ainda jovem, transferiu-se para Belo Horizonte para estudar e depois para Ipatinga, no Vale do Aço, indo trabalhar na Usiminas. Nesta empresa, ele respondia pelo nivelamento tanto de toda rede pluvial e de água da Usina, como de outras obras. Passando a Empreiteiro, realizou obras importantes como a sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (SINDIPA), Hospital da Usina, além de pavimentação em Ipatinga. Foi ainda responsável pela marcação de aproximadamente 5.000 lotes na Região.

Em 1970, seguiu para a Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, onde planejou e executou diversos condomínios fechados, com cerca de 500 unidades residenciais de veraneio, tendo ainda realizado viagens de estudo e observação nos Estados Unidos e Europa. Pela contribuição ao desenvolvimento do turismo na região, foi homenageado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) com o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro.

Primeiras unidades residenciais, projeto de Álvaro Hardy, o Veveco/ Foto: arquivo/pessoal

Em 1977, adquiriu a Rádio Clube de Passa Quatro, onde se tornou locutor, realizando diversas mudanças na infraestrutura da emissora, alterando a frequência para 920KHz, ampliando sua cobertura e mudando o nome para Rádio Mineira do Sul. Pela emissora passaram nomes de destaque da comunicação mineira como José de Assis Tito, Aparecida Mota, Nery Diniz, Fernando Campos, Moacyr Silva, Jota Lacerda, dentre outros.

Nery Diniz e Manoel Diamantino: cerimônia de entrega do troféu Rádio Mineira do Sul às personalidades Sul Mineiras do ano/Foto: arquivo/pessoal

Em 1978, adquiriu a Rádio Cauê de Pedro Leopoldo AM 1060 KHz, tendo implementado um novo Parque de Transmissão, aumentando a potência da emissora para 25kw, mudando o nome para Rádio Grande Belo Horizonte e colocando no ar uma programação 100% sertaneja com o slogan “A Melhor Caipirinha da Cidade”, inaugurando este segmento musical 24h por dia na Capital e Região Metropolitana. Tiveram passagem pela rádio nomes como José de Assis Tito, Carlos Santa Rita, Guará, Clarindo e Luiz Andrade (olha as horas Clarindo!), Mangabinha, Barrerito, Jota Barbosa, Rosemar de Oliveira, Apolo, dentre outros.

Manoel Diamantino e equipe analisando a campanha de lançamento da Rádio Grande Belo Horizonte/Foto: arquivo/pessoal

Em 1979, fundou em Passa Quatro o Jornal Mirante com circulação semanal e tiragem de 30.000 exemplares. Com cobertura jornalística dos principais fatos e acontecimentos do Sul de Minas e destaque para as cidades do Circuito das Águas. O periódico mantinha distribuição em Passa Quatro, Itamonte, Pouso Alto, São Lourenço e Caxambu.

Primeira edição do Jornal Mirante com circulação no Sul de Minas. Foto: arquivo/pessoal

Em 1981, fundou a Rádio Costa do Sol em Araruama, no Estado do Rio de Janeiro. A emissora surgiu como AM na frequência de 560KHz e hoje é uma migrante de alta potência operando em 101,7MHz com 50Kw, cobrindo toda a Região dos Lagos. Desde a inauguração, a Costa do Sol se destacou na região, tendo a frente da programação o saudoso diretor artístico Luiz Felipe Aguiar, com passagens pela Direção Artística da Rádio Nacional do Rio e gravadora Som Livre. Passaram ainda pela emissora, profissionais como Carlos Santa Rita, Pedrinho Nitroglicerina, João Kleber e Marco Antônio, Willian Jorge, Carlos Mardone, dentre outros.

Sede da Rádio Costa do Sol em Araruama/Foto: arquivo/pessoal

Em 1982, inaugurou em Pedro Leopoldo a Rádio Altaneira FM, hoje Rádio Grande BH FM. Após melhorias na infraestrutura, transferiu os estúdios e transmissores para Belo Horizonte, ampliando a cobertura para toda Capital e Região Metropolitana. A 97FM Especial, como era chamada no início, foi precursora na programação 100% Gospel no país, tendo Manoel Diamantino importado praticamente todo a acervo musical dos Estados Unidos, pois na época não havia material suficiente para rodar 24h de programação. Hoje a 97,3 – Grande BH FM retransmite a programação da Nossa Rádio FM.

Em 1996, inaugurou a TV Contagem, emissora de TV Educativa com estúdio em Contagem e transmissores em Belo Horizonte, e que teve à frente da programação o experiente Clovis Prates, profissional com passagens como Diretor de Programação da Telemontecarlo e Rede Globo Minas, dentre outras, comandando uma equipe com aproximadamente 70 profissionais, produzindo 4 horas de programação local diária, com cobertura jornalística em Contagem e Região Metropolitana.

Em 2016, inaugurou a Rádio 93FM com estúdios em Pedro Leopoldo e Parque de Transmissão em Matozinhos. Emissora de segmento jovem, a 93 FM está no ar há 5 anos e tem planos para continuar se expandindo na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Rodrigo Rocha, o “Tiêta Presley”, na programação da 93FM/Foto: arquivo/pessoal

Manoel Diamantino, comunicador, radiodifusor, era um entusiasta do rádio, sempre experimentando, inovando e investindo no rádio. Como um dos fundadores da AMIRT, lutou pela mudança do atual “Critério de Mídia” das verbas dos grandes anunciantes, cujas agências, por comodidade e facilidade, discriminam o rádio e o jornal interiorano. Escreveu o livro “Brasil, Como Sair da Crise”, com sugestões para o crescimento do país com distribuição de renda. Ele era viúvo e deixou três filhos.

Veja também:  AMIRT lamenta falecimento de Manoel Diamantino da Costa

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Postado originalmente por: Portal AMIRT