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Finanças: Taesa prepara follow-on: vale a pena entrar na oferta?

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A Transmissora Aliança de Energia Elétrica SA, a Taesa (TAEE11), pretende levantar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões em uma oferta de novas ações, segundo o Brazil Journal.

De acordo com a publicação, o objetivo seria reforçar o caixa da empresa para prepará-la para capturar oportunidades nos próximos leilões de transmissão de energia da ANEEL, agendados para 2023 e 2024.

Ainda conforme o Brazil Journal, a oferta primária ocorreria na segunda metade de abril ou em maio.

Melhores oportunidades em leilão

Em linhas gerais, com o cenário vigente de juros altos, maior pessimismo em relação à economia e também considerando o tamanho dos lotes a serem ofertados, pode ser que os próximos eventos atraiam um número menor de participantes interessados, principalmente investidores menores, abrindo espaço para as grandes empresas como a Taesa.

Veja que estamos falando de grandes lotes, exigindo maior Capex (investimentos) e maior expertise na execução dos projetos.

Considerando tudo isso, com eventualmente uma menor concorrência, há uma expectativa para que as participantes do leilão (provavelmente os maiores e melhores nomes) possam ser menos agressivas em seus lances, obtendo taxas de retorno mais elevadas.

Esse cenário é totalmente diferente de alguns períodos anteriores, com ofertas de lotes menores em um momento totalmente diferente de juros (custo de capital).

Endividamento

Taesa ainda tem espaço para buscar novos investimentos? Analisando a saúde financeira da empresa, vemos que o nível atual de alavancagem da Taesa é de 3,7 vezes o EBITDA (Dívida Líquida/EBITDA) — vs. 4,2 vezes em 2021.

Apesar de o setor de utilities permitir uma alavancagem financeira mais elevada (dada toda a previsibilidade do modelo de negócios), acredito que nesse nível fica um pouco mais limitado buscar aumentar o endividamento (por exemplo, emitir debêntures) para novas oportunidades de negócio. Por esse motivo, entendo que ela estaria avaliando a emissão.  

Postado originalmente por: Nord Research