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Finanças: Quem serão as ganhadoras de 2021?

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É dificílimo fazer previsões corretamente. É muito mais fácil (e lucrativo) procurar por vantagens competitivas crescentes. Junte-se a nós.

Senta, que lá vem história!

Muita gente acha que o mercado é racional e calculista.

Nada mais longe da realidade.

O mercado é humano. O mercado funciona como funcionam os seres humanos.

O mercado é como uma criança pequena, o mercado adora histórias.

Criança lendo um livro.

Fonte: FirstCry Parenting.

Quanto mais elas se relacionam com as suas aspirações, melhor.

Quanto mais a história coincidir com a forma atual que vemos o mundo, ou gostaríamos de vê-lo, mais "real" ela parece.

Mercado: "Quem serão as ganhadoras de 2021?"

Todos os bancos de investimento, corretoras, jornais, seu cunhado, chatos de galocha das redes sociais etc. têm o mesmíssimo discurso:

“Perspectiva macro: Em 2021, teremos os democratas dominando a presidência e as duas casas do Congresso americano.

Mais estímulos (gastos) levarão à fraqueza do dólar e alta das commodities.

Com isso, os emergentes voltarão ao radar dos investidores internacionais.

No Brasil, teremos recuperação cíclica ainda com um ambiente de juros baixos, inflação baixa, respeito ao teto de gastos, talvez alguma reforma sendo discutida e a vacinação – que irá nos levar de volta à normalidade.

Nesse contexto, os setores mais beneficiados serão os mais cíclicos ou os que mais sofreram em 2020.

Com isso, estimamos Ibovespa a 135 mil pontos ao final de 2021, e os setores beneficiados serão: commodities, consumo discricionário, bancos e construção civil.

Dentro desses setores, nossas preferências são: ação A de commodity, ação B de consumo, ação C de construção…

Os principais riscos são a eficiência das vacinas, uma possível volta da inflação global (após estímulos) e os riscos fiscais no Brasil."

Soa familiar?

Projetando o futuro

É ótimo projetar o futuro e tentar comprar as empresas que se darão bem nesse futuro.

É o que a maioria do mercado faz. É o que eu já fiz, com sucesso até certo ponto.

Imagem de um homem com uma bola de cristal.

Fonte: Internet.

O grande problema dessa estratégia é que você precisa fazer previsões corretamente.

Além disso, precisa prever se as empresas que escolheu não terão problemas de execução. Que as empresas investirão adequadamente para se aproveitar de determinado cenário.

Para ganhar dinheiro projetando o futuro, você precisa acertar o que acontecerá no futuro.

Parece fácil, mas não é tão "fácil" como parece…

Como investir sem prever o futuro?

O Value Investing de Warren E. Buffett e Charles T. Munger faz o contrário disso.

Citação de Warren Buffett.

"Nós acreditamos há muito tempo que o único valor dos previsores de ações é fazer os videntes se sentirem bem. Até hoje, Charlie e eu continuamos a acreditar que previsões de curto prazo para o mercado são veneno e deveriam ficar trancadas em um lugar seguro, longe das crianças e também dos adultos que se portam como crianças no mercado." – Warren Buffett.

Mas como investir sem prever o futuro?

Simples, ao invés de prever o que acontecerá, simplesmente investimos no que já está acontecendo.

Avaliamos as vantagens competitivas das empresas hoje e se elas podem continuar duradouras e crescentes.

Em vez de prever o futuro para as nossas empresas, uma continuação do presente já está de bom tamanho.

Claro, também podemos errar, entretanto, pagando um preço baixo (baixos EV/Ebitda e Preço/Lucro). Assim, aumentamos a nossa margem de segurança e reduzimos o risco de erro.

Claro, vamos errar.

Vamos errar muito.

“Bruce, quem serão as ganhadoras de 2021?"

Simples, serão as empresas mais baratas (menores EV/Ebitda e P/L) e com os melhores resultados – os maiores crescimentos de receita, ebitda e lucro.

Algumas dessas empresas já apresentaram fortes crescimentos em 2018, 2019 e 2020.

As vantagens competitivas e barreiras de entrada que permitirão que essas empresas sejam bem-sucedidas no futuro estão sendo criadas há anos.

Ademais, boas empresas continuam investindo para aumentar suas vantagens competitivas no futuro.

Longos e longos anos de crescimento de receita, ebitda e lucro. Os preços das ações simplesmente seguem os resultados.

Procuramos por essas empresas.

Exemplifico.

Barata e com os melhores resultados

Um ótimo exemplo é PetroRio (PRIO).

PRIO compra campos maduros das majors (grandes petroleiras), a um preço "justo", e corta custos substancialmente.

Com isso, gera um valor enorme aos seus acionistas. O poder de cortar custos era a maior vantagem competitiva de PRIO.

Recentemente, PRIO criou 2 clusters: Tubarão Martelo e Frade – opera mais de 1 campo de produção de petróleo com os mesmos recursos (FPSO, barcos de apoio, pessoas etc.).

PRIO é a única empresa, fora a Petrobras (PETR4), que opera mais de um campo com os mesmos recursos. Com isso, PRIO consegue custos de produção (lifting costs) muito menores.

Além disso, por possuir custos de operação muito menores, PRIO se torna a compradora principal dos campos próximos a seus clusters.

PRIO tinha uma vantagem competitiva (custos) e agora tem duas (clusters).

Gráfico apresenta desempenho de PRIO3.

PRIO3. Fonte: Bloomberg.

PRIO de hoje não é a mesma PRIO de 1 ano atrás.

Com alto crescimento pela compra dos novos campos, PRIO ainda negocia a 7,5x Ebitda.

As ações sobem forte.

O mercado está apenas reconhecendo a nova vantagem competitiva da companhia.

10 ou 11 PRIOs

PRIO já se multiplicou por 5x desde que entramos, em fevereiro de 2019.

Eu gostaria muito, mas ainda não conseguimos encontrar as outras 9 ou 10 PRIO. Continuamos procurando.

Algumas empresas que investimos se assemelham mais ou menos com o poder de geração de valor que PRIO vem demonstrando.

Mas apenas algumas (extremamente) raras conseguem desenvolver novas vantagens competitivas tão revolucionárias quanto as de PetroRio.

Por sorte, não precisamos acertar muito.

Apenas alguns poucos acertos fazem uma diferença enorme em nossa acumulação de patrimônio de longo prazo.

O IV vem acumulando rentabilidade média de +30 por cento (contra +16 por cento do IBOV) desde o seu início, em junho de 2015.

Gráfico apresenta desempenho do Investidor de Valor vs. IBOV vs. CDI, de jul/2015 a jan/2021.

Investidor de Valor (azul), Ibovespa (vermelho) e CDI (amarelo). Fonte: Nord Research.

Em 2020, fechamos com +21 por cento, contra +3 por cento do IBOV.

Com crise ou sem crise.

Parece bom? Aprendemos muito em 2020. 2021 será ainda melhor.

Está preparado para 2021?

Junte-se a nós.

Postado originalmente por: Nord Research