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Finanças: Melhores investimentos para setembro de 2023

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O mês de agosto marcou o início do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil e, independentemente do ritmo inicial, será um importante driver para sustentar a melhora econômica e o apetite por risco.

No exterior, o banco central dos Estados Unidos deixou a porta aberta para outro aumento de juros caso a economia não desacelere o suficiente para a queda da inflação e as preocupações sobre a recuperação frágil da China continuem afetando os mercados.

Com isso, segue sendo essencial ter uma estratégia de gestão de patrimônio bem fundamentada e pautada em ativos sólidos e com uma boa diversificação.

Os melhores investimentos setembro 2023 segundo a Nord Wealth

  1. Títulos indexados à inflação
  2. Bolsa Brasil
  3. Bonds Internacionais

Veja também:

1. Títulos indexados à inflação

Com o avanço da taxa de juros nos últimos anos, a renda fixa voltou a ficar atrativa e levou muita gente a olhar com mais carinho para o CDI em busca de retornos de 1% ao mês isentos de Imposto de Renda.

No entanto, desde o início de fevereiro, a Nord Wealth tem ajustado o portfólio dos clientes para títulos de renda fixa indexados à inflação.

No gráfico abaixo, nota-se que em janeiro e fevereiro tivemos um juro real perto do observado em 2016, que foi um período bastante desafiador para a economia.

Taxa de juros real de 2 anos, 10 anos e 15 anos
Fonte: Bloomberg

O juro real é a taxa prefixada dos títulos indexados à inflação.

Somada à abertura do juro real nos títulos públicos, vimos também a abertura do spread de títulos de crédito corporativo (CRIs, CRAs e debêntures) desde janeiro deste ano após os incidentes de Americanas, Light e outras.

Spread dos ativos de infraestrutura acima da NTN-B

Essa posição em títulos indexados à inflação (curtos e intermediários) também nos traz uma proteção a um novo corpo diretivo no Banco Central do Brasil que pode trazer um mandato mais leniente com a inflação, hoje com prêmios abaixo da média histórica, e de impulsão econômica via política monetária mais frouxa.

Prêmio de implícita 2 anos versus a meta

2. Bolsa Brasil

O segundo ativo que temos reforçado nas carteiras da Nord Wealth são ações da Bolsa de Valores, B3. É importante mencionar que essa é uma classe de ativos cíclica, bastante volátil e que muitos investidores fugiram nos últimos anos por conta do cenário mais desafiador.

A bolsa brasileira tem uma correlação grande com o juro real. No Brasil, os juros são tão altos que dominam os ciclos econômicos, dominam a precificação dos ativos e dominam as nossas vidas.

Desempenho do IBOV e NTNB 2035 nos últimos 10 anos
Fonte: Bloomberg
Desempenho IBOV e NTNB 2035 em 2023
Fonte: Bloomberg

Acreditamos que, com o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em agosto, existem boas oportunidades em ações domésticas que terão melhor dinâmica financeira e operacional, além de um fluxo positivo, dado o posicionamento leve de Fundos Multimercados e Fundos de Ações e investidores Pessoa Física retornando com o investimento em bolsa.

Além disso, quando olhamos os níveis de valuation da bolsa atualmente (via Ibovespa e outros índices), vemos um nível já bastante descontado.

Os múltiplos (Preço/Lucro ou EV/Ebitda) são definidos pelos juros — quanto maiores os juros, menores os múltiplos. Por isso, hoje negociamos nos menores múltiplos da história.

Juros altos, bolsa barata.

Atualmente a bolsa brasileira negocia a 5x Ebitda e 8x lucros
Fonte: Bloomberg

A alocação em ações pode ser feita por meio de transações diretamente na B3 ou por meio de fundos de investimentos.

3. Bonds Internacionais

Os Bonds Internacionais são a terceira classe que temos priorizado alocar em vista do momento macro.

Após um conjunto de fatores exógenos — a Covid-19, que resultou em enormes incentivos fiscais e monetários, e a guerra entre Rússia e Ucrânia, resultando em um descompasso na cadeia de oferta e demanda —,  os bancos centrais do mundo inteiro têm lutado contra as pressões inflacionárias geradas.

O principal remédio para controlar a inflação, já utilizado há muitos anos, é o aumento de juros, aperto monetário e fiscal.

Gráfico mostra o aumento de juros nos EUA
Fonte: Bloomberg

Vemos o nível de juros dos Estados Unidos atualmente em patamares bastante elevados, não vistos desde a última grande crise em 2008.

Com os cenários prováveis de desaceleração dos núcleos e inflação em geral, temos aumentado a exposição em títulos de dívidas em dólar com prazos intermediários e taxas atrativas via crédito, como alguns exemplos abaixo.

Alocação Nord Wealth em bonds internacionais

A desvalorização recente da taxa de câmbio abre uma boa janela de oportunidade para dolarizar parte do patrimônio em busca de uma maior proteção do portfólio local e diversificação de posições.

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Postado originalmente por: Nord Research