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Finanças: Itaú não vai pagar gordos dividendos em 2022?

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Nord Insider

Olá, investidor.

Nesta terça-feira, 15, o pré-mercado de Nova York opera em alta com o anúncio de que parte das tropas russas começaram a retornar aos seus quartéis, de acordo com o ministério da Defesa.

Na agenda econômica, sai o IGP-10 de fevereiro no Brasil. No local, ainda teremos a divulgação de resultados do quarto trimestre de 2021 (4TRI21) de PetroRio (PRIO3), Caixa Seguridade (CXSE3), Carrefour Brasil (CRFB3) e Banrisul (BRSR3). Nos Estados Unidos, sai a inflação ao produtor, o PPI, de janeiro, às vésperas da ata do Fomc.


Boletim Focus: mercado eleva projeção para Selic em 2022

Mais um Relatório Focus para a conta, mais uma alta para a Selic. O boletim, divulgado pelo Banco Central (BC), projeta que a taxa básica de juros da economia chegue a 12,25 por cento ao final deste ano. Para 2023, segue estimativa de Selic a 8,0 por cento.

Na visão da analista de renda fixa e sócia-fundadora da Nord Research, Marilia Fontes, o “Focus” elevou a expectativa para a Selic em 2022 porque, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o comitê indicou que as projeções e a trajetória de juros extraída pelos analistas do mercado financeiro não eram compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação em 2022 e, em grau maior, em 2023. Sendo assim, os economistas do mercado financeiro passaram a prever uma alta maior para a Selic neste ano.

Os economistas do mercado financeiro também passaram a prever uma alta maior para o IPCA neste ano, que passou de 5,44 por cento para 5,50 por cento. A meta central de inflação é de 3,50 por cento. Para 2023, as estimativas permaneceram em 3,50 por cento (ante meta de 3,25 por cento para o ano).

Em relação ao reajuste da inflação de 2022 para cima, nossa analista acredita que é devido ao IPCA de janeiro, que veio com os núcleos altos. Ou seja, neste Focus, reajustaram o número de inflação deste ano para cima, mas isso não contaminou as expectativas para o próximo ano.


Fim dos gordos dividendos do Itaú?

O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou resultados acima das expectativas no quarto trimestre de 2021 e quem investe de olho nos dividendos, aquela participação do acionista nos lucros de uma empresa, automaticamente se animou com o bom potencial de pagamento em 2022 — vale a pena sonhar.

Entretanto, o CEO do banco laranja, Milton Maluhy Filho, jogou um balde de água fria e disse que há uma expectativa de que os dividendos do banco subam “naturalmente”, mas ponderou ainda que não há compromisso em mudar a política de proventos da instituição.

“A gente continua projetando um payout (fração do lucro paga em dividendos) de 25 por cento”, disse em teleconferência de resultados na última semana. “Dependendo do crescimento de lucro, esse número pode aumentar”.

Dividendos e lucro por ação

No entendimento do especialista em dividendos da Nord Research, Guilherme Tiglia, pode ser que neste ano o Itaú não distribua gordos dividendos aos acionistas, mas esperamos que os dividendos aumentem acompanhando o lucro por ação.

Ainda segundo o nosso especialista, a instituição financeira parece estar olhando mais para a  transformação de um banco tradicional em digital, o que demanda bastante investimento para continuar trazendo inovações. Isso “naturalmente” fará com que os dividendos do banco subam.

Além disso, estimamos que o payout deve ficar próximo do mínimo estatutário (25 por cento). Estando concluída a fase de investimentos, o banco pode voltar a distribuir dividendos normalmente.

O que mais é bom saber?


Lucro líquido da Itaúsa salta +73 por cento em 2021

A Itaúsa (ITSA4), a holding que controla o Itaú, registrou lucro líquido de 12,2 bilhões de reais no ano passado. O resultado divulgado na segunda-feira, 14, é +72,9 por cento maior do que o registrado em 2020.

Isso porque sua principal atividade (e fonte de receita) é deter participações em outras empresas, como Itaú Unibanco (ITUB4), Alpargatas (ALPA4), Dexco (DXCO3), Aegea (AEGP23), Copa Energia, NTS e, mais recente, XP (XPBR31).

Após a cisão com o Itaú, a holding passou a deter 15,07 por cento do capital da XP, mas realizou um desinvestimento de 1,39 por cento, por 1,2 bilhão de reais, em dezembro.

Postado originalmente por: Nord Research