Com o início de um novo ano é fundamental revisar e ajustar suas estratégias de investimento, especialmente quando se trata da carteira de renda fixa.
A constante mudança nas condições econômicas e nas taxas de juros requer uma abordagem dinâmica para otimizar os retornos e proteger o patrimônio.
Neste artigo, discutiremos estratégias práticas para organizar sua carteira de renda fixa em 2024, visando maximizar a rentabilidade e reduzir riscos. É importante notar que, quando se trata de renda fixa, há uma ordem correta para tomar suas decisões.
Como funciona a renda fixa?
A primeira coisa que você tem que entender é que “renda fixa” não é um ativo. Renda fixa são todos os ativos que representam uma dívida. E como toda dívida, você tem que saber três coisas: como ela será paga (indexador), quem vai pagar (emissor) e quando (vencimento).
O que avaliar ao montar uma estratégia de investimentos em renda fixa
1. Tipos de rentabilidade da renda fixa
Existem três tipos de indexadores: os prefixados, os pós-fixados e os indexados à inflação.
Cada um desses títulos se comporta de uma maneira totalmente diferente dado o cenário macroeconômico. Se a taxa de juros sobe, é bom para o pós-fixado, mas pode gerar prejuízo para o prefixado. Se a taxa de juros cai, é ruim para o pós-fixado, mas pode dar bastante lucro ao prefixado.
Então, escolher o melhor título começa por escolher o indexador que melhor vai performar naquele cenário macroeconômico.
2. Vencimento
Feito isso, você passa a ter que escolher o vencimento do título. Comprar um prefixado de curto prazo pode ser totalmente diferente do que comprar um prefixado de longo prazo.
As taxas de curto e de longo prazo frequentemente se comportam de maneira antagônica, com uma subindo enquanto a outra cai.
Por exemplo, quando o BC sobe muito a taxa Selic, o mercado aumenta a estimativa das taxas de curto prazo, mas reduz as taxas de longo prazo, imaginando que a inflação será mais bem controlada e, portanto, no futuro as taxas poderão ser menores.
Então, se você pretende ganhar com marcação a mercado, não adiantaria comprar um prefixado de curto prazo. Teria que ser longo.
3. Emissor do título
Por fim, depois de escolher o indexador e o vencimento, você pode escolher o emissor. Temos também três tipos de emissores: o governo, os bancos e as empresas.
O governo é o emissor mais seguro da economia. Por conta disso, ele é o emissor que paga as menores taxas de juros nos seus empréstimos.
Se você quer ganhar um pouco mais do que o governo paga, pode emprestar dinheiro para os bancos, que são um pouco mais arriscados mas têm a proteção do FGC. Lembrando que o FGC é uma seguradora privada e tem risco de crédito.
Se quer ganhar ainda mais, pode investir em CRIs, CRAs e debêntures de empresas. Elas não têm proteção do FGC e por isso costumam pagar taxas bem atrativas.
Lembrando que sempre que você for escolher bancos ou empresas para investir, é preciso fazer uma análise de crédito criteriosa. Tanto bancos como empresas quebram, e não queremos perder todo o dinheiro emprestado, não é mesmo?
Fazendo uma boa análise de crédito e escolhendo boas empresas que pagam boas taxas, podemos ter uma carteira de renda fixa muito mais rentável do que outra apenas com títulos do governo.
Caso você queira uma ajuda inicial tanto para entender melhor o cenário econômico, escolhendo o melhor título, quanto para fazer uma boa análise de crédito, pode contar com a minha ajuda no Renda Fixa PRO.
E nunca se esqueça da ordem correta: 1º Indexador, 2º Vencimento e 3º Emissor.
Se você trocar a ordem e escolher primeiro o emissor e depois o indexador, pode acabar entrando em uma grande cilada. Há emissores que só emitem papéis curtos e outros que só emitem papéis longos.
Por isso que a ordem deve ser exatamente essa!
Que você tenha um excelente 2024, com muita organização financeira, com muita marcação a mercado e muita rentabilidade no seu patrimônio!
Postado originalmente por: Nord Research
