O Atlético perdeu a oportunidade de somar três pontos e ficar mais próximo do G-6, principal e derradeiro objetivo na temporada. Mais uma vez o Galo teve maior posse de bola (69%), chutes a gol (9×4) e escanteios (11×2), mas pecou em efetividade e passou em branco pelo terceiro jogo seguido. Uma pitada de melancolia na reta final de um ano frustrado para o Galo.
O Atlético começou a partida com uma formação muito diferente do que Cuca costuma usar. Sem Hulk, a escolha foi, sem surpresas, por Sasha. Mas, o treinador colocou Keno e Nacho no banco. Os escolhidos foram Zaracho e Rubens. Não deu certo.
Um primeiro tempo de muita posse de bola, mas nenhuma efetividade. O goleiro Fernando Miguel não fez nenhuma defesa difícil apesar de o Galo ocupar e muito o campo ofensivo. O time escolhido para iniciar a partida parecia não ter entrosamento, errava passes e não tinha repertório nenhum no ataque. O que mais se viu foi o time explorando os cruzamentos na área como o bom e velho “chuveirinho” de Cuca.
Cuca mudou logo no intervalo. Colocou Nacho e Keno e a dupla deu uma respiro ofensivo. O argentino arriscou de fora da área logo nos minutos iniciais e obrigou Fernando Miguel a trabalhar. Ao longo da etapa final, ainda entraram Alan Kardec e Pavón. Este último protagonizou a melhor chance do Galo, que foi aos 42 minutos do segundo tempo, em um chute colocado de dentro da área.
Se olhar pelo copo meio cheio, o Galo depende somente dele para garantir a vaga na Libertadores. Além disso, dos cinco jogos restante no Brasileiro três são em casa. Em caso de derrota para o Fortaleza nessa segunda-feira, o time poderia ter perdido a posição para o Leão do Pici no confronto direto. O Atlético ainda viu São Paulo se aproximar da briga.
O terceiro jogo seguido sem vitória – e sem marcar – coloca uma pitada de melancolia na reta final do Atlético no Brasileirão. O time segue em sétimo colocado, agora com 48 pontos, e ainda tem chão para definir (ou não) uma vaga na Libertadores. Estar fora de uma zona de classificação para a Libertadores é uma desastre. Só depende do Galo.
Por Laura Rezende – GE