Rapidamente dominei a arte de passar cola. Nunca colava, mas passar a cola era algo que eu sabia fazer bem feito. As professoras nem se davam conta das técnicas que eu dominava. No entanto…
Eclesiastes 4.4,8
Sempre gostei de estudar. Os livros são para mim bons amigos, que hoje tenho dificuldades em encontrar com a mesma frequência do meu passado.
Quando criança e estudante nunca precisei de “colar” nas avaliações. Mas adorava passar “cola”. Estudei numa sala com mais dois Rodrigos. Nos assentavamos em fila: Rodrigão, Rodriguinho e Ariba (Rodrigão era eu, na horizontal e na vertical, o Rodriguinho o craque gente Boa e o Ariba o craque com os pés). Sempre assinávamos o primeiro nome nas avaliações. Eu fazia as questões e num quadrante de um segundo conseguíamos trocar as provas. Técnica infalível, pois mesmo se pegassem as provas elas só tinham um dono, o Rodrigo.
Pensava comigo mesmo: “preciso ajudar meu amigo a passar, pois quando estivermos concorrendo a uma vaga de emprego ele não passará por mim”.
As minhas intenções não eram boas. Queria ser o melhor apenas para ocupar o lugar do outro.
Hoje tudo que eu faço, o faço da melhor maneira possível, pois tudo que tenho feito é para glória de Deus.
Fico constrangido quando elogiado publicamente, prefiro secretamente, até porque sempre imago que poderia servir melhor.
Aprendi com o tempo que Deus nos capacita e chama para propósitos específicos, por tempos contínuos ou temporários, e até para ministérios que são um mistério.
No entanto, tudo o que fazemos devemos fazer para a glória de Deus. Hoje faço o meu melhor quando estudo, quando trabalho, quando sirvo. Pois o objetivo não é mais ficar acima de você, mas sim, caminhar ao seu lado para que o Pai seja glorificado no Filho através das minhas mãos.
Pense nisso e procure fazer o seu melhor.
Fraternalmente nos eternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que aprendeu a servir para que o Mestre seja engrandecido
