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Rascunhos da Vida: Repensando os ditados.

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Retirado do site: https://www.freeimages.com/pt/photo/marimbondo-1404026

Adoro ditados populares. A simplicidade como algumas verdades ou percepções são retratadas nos fazem refletir e identificar ações corretoras, delimitadoras, ou motivadoras. Ditados motivam reflexão, reforçam a memória, fazem repensar atitudes.

Salmo 78 (reforço no verso 37)

Retirado do site: https://www.freeimages.com/pt/photo/marimbondo-1404026

Muitos dos ditados que eu conheço foram proferidos por pessoas de origem humilde, com pouco conhecimento adquirido em livros, ou de pessoas da minha intimidade. Vão desde muito comuns e populares, até alguns de cunho muito pessoal ou de uso limitado. Desde “quem tem boca vai a Roma” (o correto seria “quem tem boca vaia Roma” proferindo descontentamento quanto à governança do estado), até alguns proferidos por papai e mamãe.

Um dos ditos que papai falava me fazia refletir sem entender é: “Abelhas não se picam. Marimbondos se ferroam”. Talvez você nunca tenha ouvido esse ditado, eu por minha vez só ouvi da boca de meu pai. E na minha meninice pensei sobre isso muitas e muitas vezes. Até que um dia percebi o sentido do conhecimento popular transmitido por “Dr. Geraldo Jesus de Andrade”.

Certa feita estava na casa do Cleber, um primo muito querido de papai, eles estavam retirando mel para vender. Eram apicultores. Apesar do meu pavor de abelhas permaneci com eles, e percebi que as abelhas mesmo quando confusas pela fumaça usada para afastá-las protegiam umas as outras. Algumas carregavam as feridas, outras mantinham guarda, por sua vez algumas defendiam as indefesas com seus ferrões. Abelhas não se picam, dizia o dito de papai.

Noutro momento derrubei uma caixa de marimbondos, quando os “bichinhos” cessaram o alvoroço percebi que muitos deles se ferroavam. A agressividade natural do marimbondo fazia com que nada, nem ninguém passassem despercebidos aos seus ataques. “Marimbondos se ferroam” assim dizia o autor do proverbio.

O povo de Israel era uma caixa de marimbondos, onde sua agressividade natural não os fazia perceber o cuidado e condução divina em toda a sua trajetória. Proferiam mentiras, palavras de ofensa e rebelião, agiam indevidamente, agrediam a Deus como se pudessem afetá-lo. Deus por sua vez sempre agia como perdoador e ouvia o arrependimento da nação. Perdoava o pecado, curava a nação e os conduzia a vitória no tempo oportuno.

Será que não precisamos deixar a agressividade, tanto contra Deus, quanto ao nosso próximo? Será que não é necessário que aprendamos a perdoar os atos falhos de nossos pais, irmãos, familiares e amigos? Deus deseja que tenhamos atitudes de apoio, perdão e amparo, que consideremos as falhas dos que estão próximos a nós. Um hino antigo diz “olhar com simpatia os erros de um irmão, e todos ajuda-lo com branda compaixão”. Pense nisso, precisamos ser abelhas ocupadas sendo produtivas e cuidadosas uns com os outros, ao invés de sermos marimbondos pensando só em si, que vivem em comunidade, mas não participam dela.

Um grande e forte abraço!
Nos fraternos laços do amor de Cristo.

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que entendeu o ditado de Geraldo.