Os últimos dias foram de grande otimismo nas bolsas de valores internacionais.
Os anúncios, por parte de grandes empresas farmacêuticas, a respeito dos consistentes avanços no desenvolvimento de vacinas efetivas contra a Covid-19, que podem estar à disposição da população mundial em algumas semanas, trouxeram ânimo ao mercado.
Além disso, o início formal da transição de poder na Casa Branca também gerou uma melhora geral no sentimento dos investidores, visto que as chances de um atrito entre Donald Trump e Joe Biden vão se reduzindo.
Com as coisas voltando à normalidade, a preferência dos investidores mudou um pouco ao longo das últimas semanas.
Não muito tempo atrás, o índice Nasdaq (composto por ações de empresas voltadas ao segmento de tecnologia) mostrava desempenho bem superior em relação a outros termômetros no mercado norte-americano, como o Dow Jones, que é composto por ações de empresas que representam a velha economia.
Mas temos visto esse movimento se inverter. Agora, o mercado começa a dar atenção a empresas que estão fora do mundo tecnológico, que até então estavam “esquecidas”.
Essas Companhias foram fortemente afetadas pela pandemia, e o mercado precisava de uma claridade maior em relação ao “retorno à normalidade”, que deve apenas acontecer quando da disponibilidade em massa da vacina contra a Covid-19.
Como estamos nos aproximando desse “ponto de virada”, o mercado começa a precificar essas empresas com outros olhos, entendendo que muitas delas não vão quebrar, nem mesmo serão dizimadas pelas empresas de tecnologia.
Trata-se de um movimento interessante, que levou ontem o índice Dow Jones a superar, pela primeira vez na história, o patamar de 30 mil pontos.
Capa do Wall Street Journal (25/11/2020)
Quem diria, lá no começo do ano, quando da eclosão da pandemia, que o termômetro da velha economia bateria um novo recorde histórico em um ano tão atípico como este, não é mesmo?
Que seja eterno enquanto dure!
Postado originalmente por: Nord Research