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Finanças: Juros altos vão persistir para combater a inflação

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Se estivéssemos falando de uma corrida mundial com base nos juros reais, ou seja, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses, o Brasil seria o dono do cavalo campeão.

Com a nova Selic, os juros reais no Brasil são de +6,69 por cento, segundo o ranking mundial de juros reais elaborado pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management.

Estamos à frente de países como Colômbia, México, Indonésia e Chile, mostra o levantamento.

Ranking mundial de juros reais. 1º Brasil; 2º Colômbia; 3º México; 4º Indonésia; 5º Chile; 6º Rússia; 7º Filipinas; 8º África do Sul; 9º Índia e 10º Hungria.

Como chegamos ao topo da lista

Tivemos uma das maiores elevações de juros no mundo. Enquanto países desenvolvidos, com destaque para os Estados Unidos, deixaram o “alazão” tranquilo dentro da baía, o Brasil colocou seu “pé de pano” para correr.

Por aqui, a taxa básica de juros (Selic) saiu de +2 por cento para +12,75 por cento ao ano em pouco mais de 12 meses.

O analista de renda fixa, Christopher Galvão, destaca que enquanto o banco central brasileiro se aproxima do fim do ciclo de aperto monetário, os grandes bancos centrais estão apenas começando.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, tem sido duramente criticado por ter “demorado demais” para começar a aumentar as taxas.

O banco central norte-americano decidiu acordar seu “alazão” apenas em março, quando elevou os juros pela primeira vez desde 2018, para intervalo entre 0,25 por cento e 0,5 por cento ao ano. Agora, em 4 de maio, subiu os juros em 0,50 ponto percentual para o intervalo entre 0,75 por cento e 1,00 por cento ao ano.

A escalada da inflação nos EUA foi um dos motivos que fez o Fed acordar. O país está atolado em uma inflação descontrolada que subiu para +8,5 por cento, o nível mais alto dos últimos 40 anos.

Postado originalmente por: Nord Research