Ontem, um dos destaques no mercado internacional foi a demanda recorde pelos títulos de 10 anos do governo da Espanha, que totalizou USD 59 bilhões. Superando o recorde estabelecido em meados do ano passado.
Ontem, um dos destaques no mercado internacional foi a demanda recorde pelos títulos de 10 anos do governo da Espanha, que totalizou USD 59 bilhões. Superando o recorde estabelecido em meados do ano passado.
Vale lembrar que, há pouco tempo, — ao menos do ponto de vista histórico—, lá por volta de 2012, a Espanha enfrentou grandes desafios econômicos. O país fazia parte dos PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) — economias que mostravam excessivo endividamento e precisaram passar por reformas econômicas profundas para atingir certa estabilidade econômica.
Hoje, a Espanha paga cerca de 0,48 por cento em um título soberano com prazo de 10 anos, sendo que no ano passado esse valor chegou muito próximo de zero. Em 2012, a taxa beirou os 8 por cento. Se alguém falasse, naquele momento, que em alguns anos a taxa cairia para 0,5 por cento, tal pessoa, no mínimo, seria chamada de louca.
No final do ano passado, segundo dados da Bloomberg, o estoque global de crédito com taxas zero ou menor – sim, taxas negativas – estava em torno de USD 11 trilhões. É um número importante, mas já foi maior, perto de USD 17 trilhões em meados de 2019.
Fonte: Bloomberg
Parece loucura, mas é verdade. Algumas pessoas estão aceitando receber menos do que investiram para ter “segurança” sobre o montante aplicado.
Não à toa, os principais índices de ações pelo mundo todo batem máximas históricas dia após dia — o dinheiro, neste momento, busca retorno nesses mercados.
Trata-se de um verdadeiro céu de brigadeiro, até o primeiro soluço…
Postado originalmente por: Nord Research