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Finanças: As resoluções de ano novo das empresas

Assim como nós, as empresas na bolsa já traçaram suas metas para 2020. A diferença é que elas têm de cumpri-las

A virada de ano nos dá aquela sensação de ciclo encerrado e energias renovadas. Independentemente de onde você tenha passado essa data, o clima é sempre reflexivo.

É uma época de olhar para trás, registrar nossos avanços e percalços ao longo do ano que se foi, além de pensar no futuro, colocar na mesa nossas metas para o ano recém-chegado.

Sendo sincero, já faz um tempo que parei de traçar muitas metas pessoais na virada do ano. Como diz o #Coachdefracassos:criar metas é um caminho seguro para o fracasso.

Brincadeiras à parte, metas são importantes. E dou meus parabéns para quem as cumpre — ou, pelo menos, tenta. As academias também adoram o aumento das matrículas no início do ano.

Atualmente tenho me comprometido a simplesmente ter uma vida mais leve: ler mais, fazer mais exercícios, alimentar-me melhor, gastar menos….

Neste caso, como eu sou meu próprio acionista, permito-me esse afrouxamento em prol minha própria sanidade. Cumpri metas importantes para a minha vida nos últimos anos. Estou num momento de me preparar para novas.

Já no mercado financeiro não há tanta flexibilidade. As empresas estão realizando seus fechamentos do ano de 2019 agora e em seguida vem os guidances, as metas operacionais e tudo mais para 2020.

E já que estamos falando de metas, relembro uma frase de uma das maiores pensadoras que este país já teve:

Aproveitando o clima de resolução de ano novo, listei algumas das empresas que eu cubro aqui na NORD, e alguns de seus objetivos para ficarmos de olho em 2020:

Petrobras (PETR4): com seu plano de desinvestimentos de vento em popa, tem suas refinarias para vender, Gaspetro, participação na Braskem e por aí vai. Além disso, a Companhia busca diminuir sua alavancagem financeira para os níveis dos pares internacionais.

Oi (OIBR3): tem seu plano estratégico para perseguir. A venda da Unitel, que era pra sair no 4T19, segue em aberto. Os demais ativos, como torres e data centers, seguem no balcão ao longo desse semestre. Outra meta é a taxa de clientes convertidos para Fibra (take up) que, conforme o plano, era de 25 por cento de casas conectadas pela rede total passada. Atualmente está em 12,3 por cento. A Oi também pediu a prorrogação de sua Recuperação Judicial, que teria fim em fevereiro.

BR Distribuidora (BRDT3): tem a sua privatização sendo implementada desde que a Petrobras saiu do controle. Lançaram as 10 medidas, um conjunto de ações para deixar a Companhia o mais redonda possível, com a finalidade de mantê-la competitiva e também mais rentável, com níveis de margem das concorrentes.

De nada adiantam esses objetivos se as empresas não os entregarem. 2019 foi marcado por grandes apostas de recuperação nesse novo tempo que começou.

No racional preço sobre lucro, por exemplo, o índice encerrou o ano passado negociando a cerca de 18 vezes os lucros. A estimativa para 2020 é de que os lucros das Companhias que compõem o índice cresçam cerca de 38 por cento, levando o ratio para 13 vezes lucros.

Olhando para o histórico de lucro por ação versus o comportamento do Ibovespa ao longo dos anos, observamos que faz todo sentido nosso momento de alta. O que nos resta saber é se as empresas farão jus às atuais expectativas — ou melhor, se as expectativas farão jus à realidade.

Ibovespa versus lucro por ação

Ibovespa em branco; lucro dos últimos 12 meses em amarelo. Fonte: Bloomberg

As empresas já traçaram suas metas. Cabe a nós acompanhar os seus resultados.

Temos muito trabalho a fazer no acompanhamento das teses e das oportunidades. Isso para deixar você, assinante dos produtos da NORD, confortável com seus investimentos e, de quebra, com mais tempo livre para cumprir suas metas pessoais.

Um ótimo ano a todos!

Postado originalmente por: Nord Research