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Fear of missing out: O medo de ficar pra trás

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A aceleração tecnológica e a ansiedade em estar presente em toda e qualquer novidade

Marina Alves

Você andou se identificando com a ala “cringe”, tão criticada semanas atrás pela geração Z? Ficou surpreso por ter hábitos considerados fora de moda? (jeans com calça skinny: me pegaram nessa)

Ou se desesperou com uma enxurrada de posts semana passada com o anúncio apocalíptico de que “o Instagram não será mais uma rede social de fotos”?

Situações como essa despertam a sensação aqui chamada de FOMO: Fear of missing out

Ou, no bom português, o medo de ficar de fora das novidades.

Nossos dedos pulam os stories sem aguentar os 15 segundos do limite. Quantas vezes nos deparamos com posts já vistos antes na rolagem do feed? Sabe porquê? Por que precisamos o tempo todo estar a postos para qualquer novidade que apareça ali. Nos sentimos obrigados a ver tudo. A consumir, mesmo que o conteúdo nos cause repulsa ou indiferença.

Como qualquer exagero, esse hábito gera problemas. Ficamos mais ansiosos, angustiados. A síndrome, estudada desde os anos 2000 está cada vez mais presente em usuários de redes sociais, viciados nas plataformas facilmente acessadas pelo smartphone.

 Tá se sentindo assim?

Você não está sozinho. Todos somos bombardeados com fotos e vídeos de pessoas ostentando alegria, seja em viagens, em trabalhos ou exibindo seus bens.

Uma outra parte que também contribui significativamente para o desenvolvimento do FOMO são os anúncios do tipo “você não pode perder”, “Fulano fez isso e conseguiu x”, “venda mais com o novo método exclusivo”. Publicações assim despertam o sentimento de estar aquém de outros usuários. E se a gente for refletir um pouquinho, dá pra ver que não é assim, não é mesmo?

Vale a pena o desgaste?

Será que vale mesmo a pena seguir o perfil de um influenciador que ostenta uma vida perfeita? Ou um guru que ensina fórmulas para o sucesso?

O futuro das redes sociais vai ser pautado pela AUTENTICIDADE. Temos bons produtores de conteúdo em vários nichos e assuntos. Que tal procurar perfis com “vida real”? Com postagens que se alinham com suas crenças e a sua realidade? Não se deixe levar pela manada. Siga o que te acrescenta.

Não se sinta culpado por ver só meme e vídeo fofinho de cachorro. Se te faz bem, aproveite. O excesso de informação já é uma realidade nas nossas vidas, e o sucesso do @ do Instagram muitas vezes não é o que aparenta.