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Conheça a história do jovens que desapareceram em Divinópolis nos anos finais da ditadura

Três jovens presos com drogas, mas em ocasiões diferentes, simplesmente desaparecem após prestar depoimento na delegacia de polícia de Divinópolis.
Jorge Amaro, Adilson Meira e Gilberto Carlos, eram trabalhadores rurais e foram presos por uso de drogas. Foto: Cemud

No capítulo final da série sobre os 60 anos da Ditadura, acompanhe como foram os últimos anos da Ditadura e seus rastros até os dias de hoje. Três jovens de Divinópolis desapareceram no período.

Em 1979, o General João Batista Figueiredo tomou posse, prometendo a volta democracia. Em agosto, foi promulgada a Lei da Anistia, que permitiu o retorno de todos os acusados de crimes políticos no período do regime militar. O projeto de reabertura seguiu nos anos seguintes, com as eleições indiretas e a nova constituição.

 Apesar do clima e das propostas de reabertura, o monitoramento continuou sobre os apontados como  inimigos do regime. Esse documento do serviço nacional de informações, de 1984 , aponta membros de entidades religiosas favoráveis as eleições diretas. Entre os citados, Padre Pedrosa, Frei Leonardo , Padre Ordones e Pastor Divino.

Jovens desaparecidos

Em 1983, quando a Lei da Anistia já havia sido promulgada e o AI-5 não estava mais em vigor, o jornal A Semana, sob a responsabilidade dos Franciscanos, iniciou uma série de reportagens cobranças sobre um caso acontecido no anos anterior. Três jovens presos com drogas, mas em ocasiões diferentes, simplesmente desaparecem após prestar depoimento na delegacia de polícia de Divinópolis.

Jorge Amaro, Adilson Meira e Gilberto Carlos, eram trabalhadores rurais e foram presos por uso de drogas.  Durante três anos, o jornal publicou em sua capa, a cobrança por respostas sobre o desaparecimento. Em novembro de 1983, o corpo de Jorge Amaro foi encontrado carbonizado e com pés e mãos amarrados com arame.

A lei 9.140, de 1995, reconhece como mortas pessoas desaparecidas durante a ditadura.

O golpe militar de 1º de abril de 1964 completa 60 anos, mas faz parte de um passado que insiste em se fazer presente no brasil ainda hoje. O objetivo de produções como essa  é resgatar a dignidade das vítimas, expor as violações dos culpados e marcar na memória coletiva que o terror do estado de exceção esteve muito perto de nós. Houve mortes. Ainda há desaparecidos. A Organização das Nações Unidas promove há anos uma campanha que estimula países com histórico autoritário a falar sobre seu passado: “lembrar para não repetir”.

Três jovens presos com drogas, mas em ocasiões diferentes, simplesmente desaparecem após prestar depoimento na delegacia de polícia de Divinópolis.
Jorge Amaro, Adilson Meira e Gilberto Carlos, eram trabalhadores rurais e foram presos por uso de drogas. Foto: Cemud