Mesmo após sua partida, o Papa Francisco continua deixando marcas profundas no coração da Igreja. Documentos que estavam reservados para divulgação somente após sua morte vieram a público e reforçam a imagem de um pontífice humilde, desapegado e coerente com tudo o que pregou durante seu pontificado.
Desde 2022, Francisco havia deixado assinado um testamento espiritual e pessoal, no qual expressava seus desejos finais. Diferente dos papas anteriores, ele pediu que seu funeral seguisse o modelo simples reservado a bispos, rompendo com tradições monárquicas e liturgias solenes que, até então, acompanhavam as cerimônias fúnebres dos pontífices.
A simplicidade, marca registrada do Papa argentino, foi respeitada até o fim — e vai além da cerimônia. Segundo revelado pelo Vaticano, o túmulo onde repousarão seus restos mortais será custeado por um benfeitor anônimo. A decisão surpreendeu o mundo: nem mesmo após a morte, Francisco permitirá que recursos da Igreja sejam usados em seu nome.
Um pontífice sem posses
Francisco nunca acumulou bens pessoais. Durante sua vida como papa, viveu em um apartamento simples na Casa Santa Marta, recusando-se a ocupar os aposentos luxuosos reservados aos pontífices.
Legado de humildade
A revelação do testamento e de suas vontades finais emocionou milhões de fiéis ao redor do mundo. Em um tempo marcado por tantas divisões, Francisco buscou até o fim ser uma ponte de reconciliação e uma voz profética a favor dos pobres, dos excluídos e da paz mundial.
Em vida, ele reformou estruturas, aproximou a Igreja das pessoas e se preocupou com a “casa comum”, como chamou o planeta Terra em sua encíclica Laudato Si’. Agora, mesmo após a morte, sua coerência deixa um legado raro de autenticidade espiritual.



