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Máquina voltada para reproduzir sonhos é desenvolvida no Japão

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imagens geradas por IA

Na terra do sol nascente, o avanço tecnológico é algo que rotineiramente está presente. Desde descobertas no ramo científico a desenvolvimentos em saúde, inovação e arquitetura, o Japão é uma potência mundial quando o assunto é novidade tecnológica. Nesse quesito, a nova atração do momento promete revirar a cabeça de muitas pessoas: uma máquina capaz de reproduzir os sonhos humanos está sendo desenvolvida por cientistas no país!

O que é a máquina dos sonhos e como ela opera

O dispositivo em questão trata-se de uma máquina sofisticada, que, por meio de sensores de eletroencefalografia (EEG) ligados ao cérebro humano, tem a premissa de capturar e mapear a atividade cerebral durante um período do sono conhecido como ‘REM’. Este estágio de descanso é quando o olho humano está em constante movimento por baixo das pálpebras, resultando em uma atividade cerebral em estado de ‘vigília’ e em sonhos vívidos.

É, portanto, nesse estágio de sonho vívido, que a máquina dos sonhos busca realizar o mapeamento e decodificação das sinapses do cérebro. Por intermédio de ferramentas de inteligência artificial, o dispositivo busca transpor o mundo mágico para nossa realidade usando ressonância magnética funcional. A partir disso, representações visuais em 3D serão geradas para traduzir o íntimo das pessoas em seu sono REM.

No entanto, como a tecnologia ainda está em fase de testes, tudo pode acontecer e muita coisa pode ser alterada no processo. Os cientistas e psicólogos envolvidos nesse estudo e desenvolvimento da máquina seguem empolgados com seu sucesso, mas a vontade de se ter tal tecnologia em mãos não é tão nova assim, e o passado pode servir como base para sua concretização na sociedade atual.

Há muitos anos, a sociedade já queria reproduzir os sonhos

A ânsia por dominar os sonhos parte de diversas facetas da vontade e personalidade humana. Muitas pessoas acreditam que cada sonho tem seu significado, e poder revisitá-los é um desejo que adentra o pensamento. Como grande parte dos sonhos, geralmente, é apagada da memória ao se acordar, a máquina poderia ser uma ótima aliada para relembrar qual ‘filme’ o seu roteirista interior criou durante a noite.

A criação de uma máquina de tal calibre remonta de, pelo menos, décadas atrás. Em 1999, algumas técnicas, ainda que arcaicas, para se filmar os sonhos, já haviam sido desenvolvidas. Mas, como os resultados das imagens criadas eram um pouco assustadores, gerou-se um debate sobre a necessidade, ou não, de se reviver o mundo mágico dos sonhos.

Em 2004, por exemplo, o site BBC Brasil divulgou que uma empresa japonesa, de nome Takara, era responsável por, mais uma vez, tentar tornar os sonhos em realidade. Entretanto, os testes realizados em funcionários forneceram resultados distintos: alguns disseram que o tema do sonho estava correto, mas a máquina havia errado no roteiro; outros afirmaram que o barulho sonoro usado pelo dispositivo atrapalhava a gravação das sinapses, enquanto outros passaram feedback positivo.

Em filmes, essa temática já foi abordada por inúmeras vezes. O filme Paprika (2006) mostra, por exemplo, uma máquina que permite aos terapeutas entrarem nos sonhos de seus pacientes. Outra ilustração mais recente para isso está no filme Sonhos S.A. (2019), que apresenta uma menina capaz de criar e controlar os sonhos de outras pessoas.

Afinal, o que esperar dessa tecnologia?

Bom, não se pode dizer que sua concretização é impossível. Diversas coisas que, no passado, pareciam fora de cogitação, hoje são palpáveis e acessíveis, como as chamadas telefônicas, o celular sensível ao toque e a própria inteligência artificial. Todavia, vale ressaltar que as fases de testes pelas quais cientistas estão condicionando a cobiçada máquina devem considerar questões éticas e falhas ocorridas em tentativas anteriores da criação da tecnologia.

Como não há muitos detalhes divulgados acerca do progresso das pesquisas em torno desse controle do mundo dos sonhos, resta aguardar por novas atualizações do governo e imprensa japoneses sobre a tecnologia. De toda forma, caso seja concretizada, sua implementação deverá ser gradual, regrada e munida por debates sociais, visto seu potencial transformador na sociedade.

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