Entender como os mosquitos utilizam a visão para picar os seus alvos é importante para diminuir a incidência de algumas doenças. Os mosquitos fêmeas Aedes aegypti, por exemplo, picam durante o dia e são vetores de doenças, como dengue, febre amarela e zika. Assim, os pesquisadores desenvolveram um estudo para entender como essas fêmeas reconhecem os humanos visualmente.
Os mosquitos utilizam várias formas de detectar a presença de um alvo. Em um estudo realizado na Universidade da Califórnia, os cientistas concluíram que 90% dos nervos das antenas dos mosquitos são dedicados à detecção de substâncias, como ácido lático que está presente no suor. Assim, pessoas que suam mais são encontradas mais facilmente pelos insetos.
O A. aegypti é originário do Egito. A dispersão pelo mundo ocorreu da África: primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia. Além disso, eles conseguem detectar o índice de CO2, odores orgânicos e temperatura. Outro ponto a ser ressaltado é que os mosquitos enxergam melhor em ambientes menos coloridos, como os quartos escuros. Por isso, à noite, fica mais fácil para eles localizar seus alvos.
Os mosquitos têm olhos sensíveis e com baixa resolução. Quando a fêmea detecta uma nuvem de CO2, ela fica ativa e começa a procurar o hospedeiro. A direção do vento e a busca por algo escuro também fazem parte do processo até alcançar o alvo. Assim, a equipe de pesquisadores da Universidade de Washington utilizou essa tendência para realizar o experimento.