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Casais que não se seguem nas redes sociais: bom ou ruim para a relação?

Geralmente, quando vemos notícias de famosos que pararam de se seguir nas redes sociais é porque a relação deles chegou ao fim — coisa que também acontece com os anônimos (a única diferença é que não sai na mídia). Porém, existe outra tendência entre casais e internet que vem pintando por aí: a de ter um relacionamento na vida real e não adicionar o parceiro nas redes. Esse comportamento, acredite, é mais comum do que você imagina.

Por exemplo, a modelo plus size Daiana Castro, 26 anos, que mora em Salvador e é administradora da página do Facebook “Negrita Gordiva”, namora há oito anos e há cinco bloqueou seu parceiro do Facebook e tornou seu Instagram privado. O motivo? Daiana sente ciúme das postagens dele. “Preferi bloquear. Ele também não gosta da minha exposição nas redes, por causa das fotos de modelo,” diz Daiana que tem um perfil body positivity com imagens de empoderamento.

A decisão foi de comum acordo e, segundo a modelo, deu certo, afinal as brigas diminuíram bastante. “O relacionamento não precisa de rede social para dar certo, o que importa é o que vivemos fora dela”, opina. Ainda assim, a modelo assume que às vezes sente falta de ter seu amor nas redes. “Quando a gente casar de verdade, talvez isso mude. Ou não”, declara.
Mas, afinal, o que isso significa? Será o ciúme o motivo “mor” da não-correspondência virtual?

Status: desavenças “mode off”
Segundo a psicanalista Telma Maria Duarte Rodrigues, esse acordo é resultado de uma experiência ruim vivida pelo casal (não necessariamente ciúme). “Eles trazem consigo, na sua história e na sua subjetividade, uma marca de uma experiência vivida que não foi bacana, uma marca de tristeza”, comenta.

Além do passado conturbado que pode afetar diretamente o presente, Telma também chama atenção para outro fato determinante: a maneira como interpretamos o que foi escrito e postado pode não ser o sentido que o autor da frase quis dar. “A mensagem virtual é entendida pelo leitor como ele quer, no momento em que está, e isso sim traz ciúmes, sofrimento e mal-estar para uma relação que pode ser evitado”, ressalta. Dessa forma, sim, para casais que trazem uma bagagem pesada ou têm dificuldade de se  relacionar via internet, deixar de seguir o outro é uma saída que pode dar certo fôlego ao dois.

Noivos na vida real, ex amigos na virtual
Foi mais ou menos o que aconteceu com a analista de mídia Renata Ferraz, 33 anos. Ela está noiva e hoje sua vida vai muito bem, obrigada. Porém, no passado, Renata e seu parceiro viviam em pé de guerra devido a curtidas mal interpretadas, adicionar pessoas do passado e até por estar online e dizer que estava ocupado. “Não era ciúme, estava mais para uma paranoia que eu não curto”, conta a analista.

O casal chegou a terminar, inclusive, as redes sociais foram um dos motivos. Foi aí que se excluíram das redes, a família também entrou no pacote da “exclusão digital”. Quando decidiram voltar, uma das condições foi não se adicionarem. “É cada um no seu quadrado, sem status, sem nada. A gente mora junto, tudo que ele posta ou faz eu sei. Já estamos assim há quase 2 anos”, conta. Para Telma, tal comportamento pode ser positivo sim para o relacionamento, principalmente porque ajuda a ouvir a voz do parceiro e de se encontrar. “A rede social é, de certa forma, um encontro ‘possível’ num desencontro. E uma relação para acontecer são construções de encontros e desencontros, pois amar não é tão simples, mas é possível”.

As discordâncias em bytes e pixels
A estratégia, todavia, não é garantia de relacionamento feliz. A artista plástica Kayssa Mavrides, 25 anos, brigava muito com seu ex-namorado nas redes e decidiu pelo unfollow. A questão nem era ciúme, mas por terem opiniões distintas. “Algumas coisas eu achava muito bobas e poluíam o feed. Tipo gente que você gosta mas que posta muita coisa e você para de seguir, sabe? No caso era mais complicado porque era meu namorado”, lembra. Os dois ficaram juntos por um ano e meio, mas a medida foi “paliativa”, como a própria Kayssa costuma dizer. “No fim das contas não ajudou a longo prazo. Não dá certo porque a pessoa ainda é a mesma”, opina.

Nem lá, nem cá
Status de relacionamento, curtidas conceituais, comentários, posts…têm muitos casais que não dão a mínima bola para o que seus parceiros fazem nas redes sociais. JackeLin Wertheimer Cavalcante e Caio Kenji namoram há um ano e meio e o Facebook não sabe disso, afinal, o status de relacionamento deles não existe na rede. Os dois são amigos no Face, mas raramente aparecem no feed um do outro. Porém, como são sócios da a.i.Pin, uma empresa de projetos interativos, às vezes são tagueados na mesma postagem. E é esse o encontro virtual dos dois. “Eu nem sei se ele tem Twitter, por exemplo. Também não o tenho no LinkedIn. A gente tá sempre junto, as redes sociais não têm muita importância”, finaliza.

https://www.sistemampa.com.br3/nova-sertaneja-noticias/fernando-e-maiara-deixam-de-se-seguir-no-instagram-mas-assessoria-nega-termino/

fonte: https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Must-Share/noticia/2017/08/casais-que-nao-se-seguem-nas-redes-sociais-bom-ou-ruim-para-relacao.html