A campanha do Setembro Verde incentiva a doação de órgãos. Em Minas Gerais, mais de 6 mil pessoas aguardam por um transplante.
De janeiro a agosto deste ano foram realizados no estado 1301 transplantes. Durante mesmo período de 2021 foram 1066. Uma alta de 22%. No entanto, aumentou também o número de pessoas que aguardam na fila para receber um tecido ou órgão. São quase 6 mil. Desse total, mais de 49% esperam por uma doação de rim. Outras 2901 aguardam por um transplante de córnea.
O Complexo de Saúde São João de Deus é referência para a captação desde 2011. O hospital conta com uma equipe multidisciplinar que, além da retirada dos órgãos e tecidos, atua na orientação e direcionamento das famílias que desejam realizar a doação.
Em Divinópolis, a Associação dos Doentes Renais e Transplantados presta apoio aos pacientes que aguardam na fila e aos que já fizeram a cirurgia. A entidade fornece cestas básicas e medicamentos, que não são disponibilizados pelo estado, como acetato de cálcio e minoxidil. Cerca de 150 pacientes estão cadastrados para receber os remédios sem custo. Para continuar os trabalhos a Adortrans precisa de doações.
No Brasil, basta a autorização da família para que seja realizada essa captação de órgãos. Pacientes com diagnóstico de morte encefálica internados em hospitais são doadores em potencial. A família é informada da possibilidade de transplante. Caso ela concorde, uma série de exames são feitos para confirmar o diagnóstico. Em seguida, a viabilidade dos órgãos é avaliada, bem como a sorologia para afastar doenças infecciosas e a compatibilidade com prováveis receptores.
Podem ser transplantado coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Um único doador pode salvar inúmeras vidas. Por isso, é de suma importância que seja dito aos parentes sobre o desejo de ser um doador de órgãos.
