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Divinópolis recebe vacina contra varíola dos macacos

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Minas Gerais recebeu nesta terça-feira (14/3) a primeira remessa de vacinas para a pré e pós-exposição ao vírus monkeypox (Varíola dos Macacos)
Minas Gerais recebeu nesta terça-feira (14/3) a primeira remessa de vacinas para a pré e pós-exposição ao vírus monkeypox (Varíola dos Macacos)

Minas Gerais recebeu na terça-feira (14/3) a primeira remessa de vacinas para a pré e pós-exposição ao vírus monkeypox (Varíola dos Macacos). O Ministério da Saúde enviou para o estado 1.101 doses do imunizante.

Após o recebimento na Central Estadual de Rede de Frio, em Belo Horizonte, os imunizantes são conferidos e enviados para as Unidades Regionais de Saúde, para repasse aos municípios. Os municípios, por sua vez, são responsáveis por organizar a administração das vacinas na população-alvo. Não haverá divulgação por cidades,  evita-se a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo.

Segundo a Regional de Saúde em Divinópolis, foram confirmados cinco casos de Varíola dos Macacos na região. Esse número representa uma parte dos dez casos confirmados na região oeste, o que equivale a uma incidência de 0,76. Além dos casos confirmados, há também três casos prováveis e um caso suspeito. Infelizmente, a doença já causou três óbitos na região.

Segundo a coordenadora Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Gusmão, 1.077 doses serão utilizadas para vacinação pré-exposição. “Esse quantitativo será destinado a imunizar 50% do público-alvo com duas doses. O envio de mais doses dependerá do andamento da vacinação e da demanda local”, explica Josianne.

Também chegaram 24 doses para a pós-exposição. “Para esta vacinação, serão disponibilizadas doses do imunizante para os municípios que tenham tido circulação do vírus nas últimas 12 semanas, definido como 10 ou mais casos nas últimas 12 semanas. No Estado de Minas Gerais, apenas o município de Belo Horizonte está incluído no critério para vacinação pós-exposição definido pelo Ministério da Saúde”, detalha a coordenadora.

Público-alvo

A vacina contra monkeypox está indicada para adultos com idade igual ou superior a 18 anos, considerados de alto risco para infecção por varíola ou monkeypox. “O esquema de vacinação é de duas doses (0,5 ml cada) da vacina MVA-BN Jynneos, com quatro semanas de intervalo (28 dias) entre cada uma”, afirma Josianne.

A população-alvo para a vacinação deve obedecer às recomendações a seguir:

Vacinação pré-exposição:

  • Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
  • Profissionais que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Vacinação pós-exposição

  • Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para monkeypox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS.

Imunizantes chegaram nesta terça-feira (14) e são indicados para adultos de 18 anos ou mais, considerados de alto risco para infecção por varíola ou por Monkeypox vírus

Monkeypox é uma doença causada pelo Monkeypox vírus (MPXV) que se manifesta principalmente por meio de lesões na pele, como manchas, feridas abertas, aparecimento de ínguas geralmente na região das axilas e virilha, além de outros sintomas parecidos com os de uma gripe comum, como febre, dor de cabeça e dores musculares.

É considerada uma doença de baixa letalidade, pois a maior parte dos casos evolui naturalmente para a cura após 21 dias, sem necessidade de internação hospitalar. O contágio ocorre a partir do contato com pele, sangue, fluidos corporais e secreções, como saliva e roupas de cama de pessoas infectadas.

A monkeypox não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), pois pode infectar qualquer pessoa a partir de contato próximo com indivíduos contaminados.

Por isso, em casos suspeitos de monkeypox, recomenda-se o isolamento imediato porque a doença se espalha de pessoa para pessoa. Em caso de suspeita, procure o serviço de saúde mais próximo.

Monkeypox em Minas

De acordo com o boletim atualizado em 10/03/2023, Minas Gerais registra 619 casos de monkeypox confirmados por exames laboratoriais. Outros 2.457 foram descartados e há 73 casos suspeitos. Até o momento, foram registrados 3 óbitos pela doença.

O Boletim da Monkeypox pode ser acessado em www.saude.mg.gov.br/monkeypox