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Corpos amontoados pelo chão do IML mostram o colapso do Pará

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Colapso com a câmara frigorífica lotada, corpos são deixados no chão, à céu aberto, na área do IML de Belém — Foto Álvaro Ribeiro Tv Liberal

Colapso com a câmara frigorífica lotada, corpos são deixados no chão, à céu aberto, na área do IML de Belém — Foto Álvaro Ribeiro Tv Liberal

O número de mortes por Covid-19 no Pará aumentou 222% em uma semana, e saltou de 95, no dia 25 de abril, para 306 neste sábado (2). O crescimento é muito superior à média nacional de 68% registrada no mesmo período, conforme dados do Ministério da Saúde.

“Tá cheio aí, meu amigo. Tá um caos. Caos!”. O relato é de quem trabalha com a remoção de corpos na região metropolitana de Belém e enfrenta o colapso do sistema funerário em meio à pandemia.

O flagrante registrado pelo repórter cinematográfico Álvaro Ribeiro mostra imagens fortes: em uma das câmaras frigoríficas, um funcionário anda com dificuldade em cima dos corpos amontoados. Com o espaço cheio, os cadáveres são amontoados no chão, na área cedida pelo Instituto Médico Legal (IML) ao Serviço de Verificação de Óbito da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa). São corpos de pessoas que morreram de Covid-19 e outros de pessoas que morreram por causas naturais.

Fila fúnebre

Neste sábado (2), a movimentação de funcionários de funerárias foi grande durante o dia. O aumento no número de mortes por Covid-19 tem afetado o serviço de verificação de óbito. Um reflexo disso é que em frente ao prédio do IML, a cada instante aumenta a fila de carros funerários que chegam. O vídeo feito nesta manhã mostra uma longa fila de veículos que aguardavam a liberação dos corpos.