Ao sabor dos humores do tempo, mudam os desafios da saúde pública, mas permanece o alerta entre autoridades e pacientes em Minas. A queda dos termômetros, se fez começar a recuar o pesadelo da dengue, que este ano já tirou a vida de 117 pessoas no estado, traz à tona outra ameaça, que matou 2,6 vezes mais pacientes: as doenças respiratórias. Sintomas como espirros, nariz escorrendo e voz rouca se tornam mais comuns nesta época do ano, com as mudanças repentinas de temperatura, como aconteceram nos últimos dias.
A associação do frio e tempo seco provoca complicações e facilita a transmissão de vírus, como mostram dados da Secretaria de Estado da Saúde: desde janeiro, 2.712 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) foram computados, matando 306 dos infectados – cerca de 160% mais casos fatais que a epidemia provocada pela picada do mosquito Aedes aegypti. Especialista ressalta que a vacinação é indispensável e destaca que medidas de higiene também ajudam a preservar a saúde.
Mais mortes
Desde o início do ano, das 306 mortes por síndrome respiratória aguda grave em Minas, 70 tiveram associação com vírus respiratórios, a maioria por Influenza, 53, sendo 41 pelo tipo A H1N1, que em 2009 provocou uma epidemia mundial de gripe suína, e 17 associados a outros vírus respiratórios. Belo Horizonte é a cidade com o maior número de óbitos: a capital mineira já registra 12 casos fatais, todos por Influenza.