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Preso suspeito de liderar grupo especializado em ‘golpe do motoboy’

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Preso suspeito de liderar grupo especializado em ‘golpe do motoboy'

Preso suspeito de liderar grupo especializado em ‘golpe do motoboy’

Como resultado de investigações acerca da aplicação do “golpe do motoboy”, também conhecido como falsa clonagem de cartão bancário, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu um homem, de 30 anos, apontado como um dos líderes de organização criminosa especializada nesse tipo de fraude. O investigado foi localizado no litoral paulista, em um condomínio de alto padrão na cidade de Bertioga.

A operação policial, realizada na última quarta-feira (19/5), foi deflagrada pela PCMG em Nova Lima e contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP). Além do mandado de prisão preventiva, as equipes cumpriram busca domiciliar, possibilitando a apreensão de dois veículos de luxo, um deles avaliado em R$ 200 mil, uma moto aquática, três aparelhos celulares, um notebook, entre outros materiais de interesse da investigação.

Segundo apurado, o golpe é aplicado da seguinte forma: os estelionatários, passando-se por funcionários de bancos, entram em contato com as vítimas, geralmente idosas, por telefone, e dizem que foram feitas compras com os cartões delas. Como elas não reconhecem as transações, os golpistas começam a coletar dados, incluindo senhas, e as orientam a devolver os cartões para serem periciados. Outro envolvido vai à casa da vítima para recolher o material. A partir daí, começam as movimentações fraudulentas.

Investigações

De acordo com o delegado Daniel Balthazar Coutinho, titular da 1ª Delegacia em Nova Lima, as investigações começaram com a prisão em flagrante de uma pessoa, na capital mineira, pela PCMG, em junho de 2020. Na ocasião, foram identificadas quatro vítimas, que sofreram um prejuízo estimado em R$ 60 mil. “Esse indivíduo buscava os cartões bancários na casa das vítimas. Já o investigado preso em São Paulo era responsável por passar as informações àqueles que iam pegar os cartões”, explica.

O delegado informa que uma terceira pessoa, de Vespasiano, na RMBH, também é investigada por envolvimento nos casos ocorridos em Nova Lima. Conforme apurado, ele recebia os dados das vítimas e realiza compras on-line. “O próximo passo é analisar o material apreendido para ver se conseguimos algo mais para as investigações”, informa.

Coutinho completa que o suspeito preso no litoral paulista já está no sistema prisional de Minas Gerais. “Ele poderá responder pelo crime de estelionato, podendo a pena ser aplicada em dobro pelo fato de as vítimas serem idosas – identificamos que elas têm idades acima de 65 anos – em concurso com o crime de lavagem de dinheiro”, esclarece.

Atenção

O delegado ainda alerta o cidadão: “A Polícia Civil sempre orienta a todas as pessoas que não repassem qualquer tipo de senha por meio de contato telefônico. As instituições financeiras não entram em contato para pedir as senhas. Então, qualquer dúvida que tiver, é melhor se dirigir ao banco e procurar o seu gerente”.

A operação em São Paulo foi realizada por policiais civis da 1ª Delegacia e da 3ª Delegacia em Nova Lima, com apoio de equipes da PCSP em Bertioga e da 38ª Delegacia em São Paulo.