fbpx
Pular para o conteúdo
  • Home
  • Política
  • Prefeito de Divinópolis prevê colapso financeiro na prefeitura ainda este ano e culpa Bolsonaro

Prefeito de Divinópolis prevê colapso financeiro na prefeitura ainda este ano e culpa Bolsonaro

Image

O prefeito de Divinópolis Gleidson Azevedo (Novo) em entrevista na capital mineira respondeu a perguntas sobre a previsão da Associação Mineira de Municípios (AMM), onde aponta que as cidades entrem em colapso financeiro em maio do próximo ano, mas a situação de Divinópolis pode se agravar ainda este ano, conforme o prefeito ao Café com Política, da FM O Tempo 91,7, nesta segunda-feira (23), ele disse que se reuniu com o secretariado recentemente para estudar medidas de contenção de gastos que possam adiar a entrada das contas no vermelho.

Segundo o prefeito de Divinópolis a situação financeira da prefeitura pode piorar já em novembro e dezembro deste ano e determinou ao secretariado os cortes de hora extras e gratificação. “A gente pediu para os secretários os cortes de horas extras e gratificação, para não chegar a ter que cortar serviços e pessoal.” Segundo ele o motivo é a mudança no ICMS, feita em 2022, então presidente Jair Bolsonaro.

Sobre o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e pede uma mobilização em favor dos municípios e cobrar do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva a recomposição. Existe diferenças ideológicas. Gleidson e os irmãos, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e o deputado estadual Eduardo Azevedo (PL), são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gleidson Azevedo cita como um dos fatores para o colapso das contas da Prefeitura a redução do ICMS sobre os combustíveis, medida tomada pelo então presidente Jair Bolsonaro para baixar o preço dos combustíveis às vésperas das eleições do ano passado. “Sempre alguém vai pagar a conta. O ano passado, quando o governo federal reduziu a questão do ICMS, agora a conta está chegando para os municípios, não só da questão do ICMS, mas também do Fundo de Participação dos Municípios, que é uma receita do governo federal (…). Colocamos metas para não atrasar a folha de pagamento e também cortar serviços que a Prefeitura oferece ao cidadão”, afirmou o prefeito.

Gleidson Azevedo enumerou algumas medidas que podem ser adotadas para evitar que a Prefeitura entre no vermelho ainda esse ano. Entre elas estão cortes de horas extras e gratificações e até redução de pessoal.

Em paralelo ao anúncio de colapso financeiro, no inicio deste ano, tanto ele quando seu irmão, o deputado estadual Eduardo Azevedo (PL), comemoraram o fato de pela primeira vez na história, o orçamento do Município ter ultrapassado R$ 1 bilhão. Em 2023 o prefeito trabalhou com um orçamento de R$ R$ 1.130.228.611,07 e para o ano que vem, o Projeto de Lei Orçamentária, já tramitando na Câmara, prevê um orçamento de R$ 1,3 bilhão.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Marco Aurélio Gomes, a conta não pode cair no colo do servidor. “O prefeito tem a obrigação de chamar o Sindicato e expor a real situação financeira do município. Não pode simplesmente antecipar prováveis medidas de contenção de gastos que vão afetar somente os servidores. É inadmissível que por uma gestão deficiente, que não soube administrar com os recursos disponíveis, que o prefeito já comece a antecipar o discurso de uma possível quebradeira e com medidas que punem o servidor. Mesmo sendo avesso ao diálogo, esperamos que ele chame o Sindicato para expor essa situação, que é danosa para toda a população”, afirmou.

O prefeito fala em reduzir pessoal no momento em que sua administração prepara um concurso público que poderá ter mais de 1.500 vagas, como anunciou no mês passado o Secretário de Administração, Thiago Nunes, em audiência de prestação de contas na Câmara Municipal. “Vai ser o maior concurso da história de Divinópolis”, se gabou o secretário.