A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nesta semana, três homens investigados por estuprar crianças e adolescentes na capital mineira. Outros dois mandados de prisão ainda estão em aberto e os suspeitos são considerados foragidos.
Segundo o chefe da Divisão Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), delegado Felipe Dias Falles Gomes Pinto, as prisões fazem parte da operação Acalento, que será finalizada em 16 de julho. “Estamos na terceira fase da ação e até o ‘Dia D’, não daremos descanso aos abusadores de crianças e adolescentes. A equipe está empenhada em concluir diversas investigações e colocar esses criminosos atrás das grades”.
Prisões
Uma das prisões ocorreu após a mãe de uma menina de 8 anos procurar a Polícia para relatar abuso sofrido pela filha. A mãe contou que, após um culto em uma igreja, na região do Barreiro, a filha saiu de uma sala escura, chorando, e relatou que um homem havia abusado dela. Após investigações, o homem, de 39 anos, foi condenado por estupro de vulnerável.
Outro investigado localizado após representação pela prisão temporária foi um homem de 26 anos suspeito de ter abusado sexualmente de uma criança de 5 anos. Os abusos acorreram na casa da vítima, também na região do Barreiro. No local funcionava uma empresa de informática da família. O investigado, que era funcionário da empresa, foi apontado tanto pela vítima quanto pelos demais funcionários como autor de abusos e situações constrangedoras na presença da menina.
O terceiro suspeito preso nesta fase da operação é um homem de 51 anos, tio da vítima, mas tratado por ela como pai. A vítima, hoje com 12 anos de idade, contou para a tia, esposa do investigado, que sofria abusos desde os nove e que o tio ameaçava matá-la caso ela contasse para alguém. Após a família procurar a Polícia Civil, uma irmã da adolescente, que atualmente tem 27 anos de idade, contou que também foi abusada pelo tio quando criança. O homem foi localizado na região Leste de Belo Horizonte.
A chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), delegada-geral Carolina Bechelany, reforça que a divulgação dessas prisões é uma forma de encorajar mulheres, crianças e adolescentes a denunciarem. “Apresentar o resultado dessas prisões serve também como alerta para que os responsáveis acreditem nos seus filhos quando eles relatarem abusos. Muitos dos autores nos parecem acima de qualquer suspeita, mas podem estar dentro de casa e causar muita dor e sofrimento para crianças e adolescentes vítimas de abusos sexuais”.
Foragidos
A Polícia Civil procura por um homem de 53 anos que abusou de uma adolescente de 12 anos de idade. Segundo registro, o homem era amigo do pai da adolescente e morava, temporariamente, na mesma casa que a jovem. A vítima contou que os abusos aconteciam há três anos e que o investigado também tentou abusar do irmão dela, de 14.
Também continua foragido o homem que abusou da filha, de 3 anos, no bairro Boa Vista, na capital. O caso, inclusive, foi divulgado no último mês à imprensa, após vídeos dos abusos serem divulgados na internet. O suspeito, de 37 anos, é condenado pelo abuso de um sobrinho, de Teófilo Otoni, e investigado também por estupro de vulnerável contra uma outra criança em 2008, em Betim.
