Após a Polícia Civil de Divinópolis, por meio do delegado Dr.
Flávio Destro, realizar uma ‘coletiva de imprensa’ sobre o ‘Caso
Sheilla’- motorista de aplicativo, de 36 anos, desaparecida desde o
dia 09 de setembro; muitas perguntas continuam sendo feitas pela
população divinopolitana sobre o caso.
Os questionamentos estão relacionados sobre qual a motivação desse
crime, se existe um terceiro envolvido no caso, sobre onde está o
dinheiro que estava com Sheilla no dia do ocorrido, qual a data de
transferência do casal do Rio de Janeiro para Divinópolis,
identificação do corpo, dentre outros questionamentos.
Segundo o delegado, as investigações dão conta de que houve o
latrocínio, o qual é o roubo seguido de morte. Mas, para que a
polícia possa concluir o inquérito sobre esse caso, é necessário de
algumas respostas, principalmente, no que tange a comprovação se o
corpo encontrado em Marilândia é de Sheilla.
Sobre a Identificação do corpo que deve acontecer nos
próximos dias:
O trabalho de comprovar se o corpo é mesmo de Sheilla, é desenvolvido pela perícia técnica e medicina legal. Segundo a perita criminal Paula Lamounier, houve a coleta de materiais na casa de Sheilla, como escova de cabelo, itens de manicure, os quais serão analisados. O resultado será comparado àqueles encontrados no corpo.
Os exames complementares e comparativos, as análises
laboratoriais irão concluir o processo de identificação. A
médica-legista Andressa Zanuncio explicou que as necrópsias são
feitas em Divinópolis, mas o corpo de Sheilla está em Belo
Horizonte, para o setor de antropologia.
As roupas sugerem que seja de Sheilla, até o tamanho é compatível e
também o tênis, reconhecido por familiares. A arcada dentária não
teve uma tomografia comparativa, mas a placa de clareamento
dentária pode ajudar. Ao mesmo tempo, para fazer o DNA, o tempo
esperado é de algumas semanas.
Sobre o terceiro envolvido no crime:
O suspeito, Rafael Monteiro de Sena, confessou durante depoimento que matou a motorista e disse ter agido a mando de um terceiro, ainda não identificado. A Polícia investiga se existe a terceira pessoa envolvida nesse crime.
Transferência do casal:
O casal Rafael Monteiro e Letícia Oliveira, acusados da morte da motorista de aplicativo Sheilla Angelis continuam presos no Rio de Janeiro. O MPA entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), e a assessoria respondeu que ‘ainda não há informação sobre a data de transferência do casal’.
Sobre a motivação do crime:
Há muitos fatores complexos que podem levar alguém a cometer homicídio, e esses fatores podem variar de caso para caso. É importante ressaltar que tirar a vida de outra pessoa é um ato extremamente grave e ilegal. No entanto, alguns dos fatores que podem contribuir para homicídios incluem: Raiva e emoções intensas, problemas de saúde mental, influencia de terceiros, abuso de drogas e álcool, conflitos interpessoais, fatores socioeconômicos, influência do ambiente, ideologia extremista, fatores culturais e sociais, dentre outros fatores.
No “Caso Sheilla”, a Polícia Civil segue nas investigações, considerando que o Rafael Monteiro, disse em depoimento que agiu a mando de uma terceira pessoa.
Onde está o dinheiro que estava com Sheilla no dia do crime?
Após matar a motorista, Rafael e a namorada dele abandonaram o corpo de Sheilla e seguiram para o Rio de Janeiro. Durante o trajeto, ele usou o cartão bancário dele para pagar alguns pedágios nas rodovias de Minas Gerais e tentou usar o cartão de Sheilla para pagar compras. Segundo o delegado, Sheilla estava com cerca de R$3 mil. Porém, esse valor ainda não foi localizado. A investigação segue para a localização do dinheiro.
Sobre o envolvimento da namorada de Rafael, no crime:
Em depoimento, Rafael assumiu a autoria do crime, mas pelas circunstâncias da ocultação do corpo, a namorada também tem respostas a dar a polícia. Segundo o delegado Flávio Destro, após cometer o crime, ele colocou o corpo no porta-malas e pegou a namorada para levá-la para o Rio de Janeiro, no trajeto, dispensaram o corpo na Cachoeira do Trindade, em Marilândia. Letícia sabia pelo menos da ocultação do cadáver.
O MPA aguarda a conclusão do inquérito e assim que obter mais informações, estas, serão divulgadas. Abaixo confira a ordem da cronologia desse caso:
Ordem cronológica do caso:
- 9 de setembro: Sheilla sumiu por volta das 18h, após fazer uma corrida no Bairro Campina Verde, com um veículo Fiat/Argo branco.
- 10 de setembro: O carro dela passa por Juiz de Fora. Foi registrada uma compra com o cartão de Sheilla em uma loja de conveniência em São João Del Rei, por volta das 00:30, e outra compra em uma cidade no estado do Rio de Janeiro.
- 11 de setembro: As buscas por Sheilla continuaram.
- 12 de setembro: O delegado Flávio Tadeu Destro disse que o inquérito estava em regime de prioridade e não descartava nenhuma linha de investigação.
- 15 de setembro: Familiares, amigos e colegas de trabalhos fizeram carreatas em como forma de cobrar respostas sobre o caso.
- 25 de setembro: Familiares e amigos realizaram uma nova manifestação como forma de cobrar respostas sobre o caso. O ato aconteceu em frente à Delegacia de Polícia Civil.
- 27 de setembro: Familiares reconheceram que o tênis encontrado próximo a um corpo em Marilândia, era da motorista.
- 1º de outubro: Um casal foi preso no Rio de Janeiro suspeito do desaparecimento da motorista. Os dois estavam no carro de Sheilla.
- 05 de outubro: coletiva de imprensa sobre o caso, onde o delegado Flávio Destro, explicou que o Rafael preso no Rio de Janeiro confessou o crime a mando, segundo ele, de uma terceira pessoa.