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Os filhos conhecem os pais que tem?

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Para uma boa relação entre pais e filhos é importante que ambos se conheçam mutuamente, no entanto, os filhos, como bons observadores, conhecem muito bem os pais que têm, enquanto os pais, em geral, não costumam conhecê-los tão bem quanto imaginam.

Em geral, os comportamentos dos pais são previsíveis demais, padronizados demais, e os filhos, observadores demais. Sabem de antemão quais atitudes e reações serão adotadas pelos pais, sabem quantas vezes será preciso insistir para conseguirem o que buscam, sabem quando seus responsáveis fazem muito barulho, e também se cedem quando pressionados.

Os comportamentos padronizados e facilitadores dos pais induzem os filhos a se relacionarem com eles da mesma forma com que se relacionam com a tevê da sala. Sabem exatamente em quais botões devem apertar para conquistarem o que desejam. Somados a isso, os filhos se agrupam e trocam experiências com seus pares o tempo todo, enquanto os pais, geralmente, estão sozinhos.

Mas, se por um lado, comportamentos previsíveis fazem dos pais presas fáceis para filhos manipuladores, por outro, também podem servir como um ponto positivo na educação deles. A diferença está na maneira como agimos. Os filhos, como bons observadores, sabem se os pais são facilitares ou exigentes, se são firmes em suas decisões ou se cedem com facilidade. Sabem quando a bronca é só barulho e sabem quando os pais tomam atitudes.

Como os filhos conhecem muito bem os pais que têm, é importante que eles saibam que somos firmes na educação deles, coerentes em nossas decisões, que nossas regras são claras e que não cedemos diante das suas pressões. Também é um fator positivo, quando, vez ou outro, usamos o fator surpresa, mudando comportamentos na medida da necessidade.

É importante que os filhos saibam, por antecipação, que a postura dos pais não permite comportamentos indisciplinados, inadequados ou desrespeitosos. É fundamental que eles saibam, de antemão, que seus responsáveis não aceitam e não toleram, por exemplo, o uso ou abuso do álcool ou de outras drogas e que todo comportamento inadequado resulta em uma perda ou prejuízo.

Normalmente, os filhos não se mostram por inteiro. Eles contam aos pais até onde os relatos não os comprometem, por isso, da mesma forma com que eles nos observam, também devemos observá-los atentamente. Essa prática ajuda-nos a agirmos diante dos pequenos desvios de conduta, pois é corrigindo as pequenas falhas que prevenimos as grandes e se os nossos posicionamentos são firmes e atuamos na educação dos filhos, é muito bom que eles saibam os pais que têm.

Celso Garrefa AE Sertãozinho SP