Sem poder mais tocar bateria por conta do problema de saúde, a composição virou seu principal ofício. Fundou a banda F.UR.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), que gerou ainda uma ONG epônima, com a qual lutou em prol das pesquisas com células-tronco.
O acidente e o ativismo que Yuka liderou após ficar paraplégico foram também o foco do documentário “No caminho das setas”, lançado em 2011. O filme da diretora Daniela Broitman foi premiado pela melhor montagem no Festival do Rio daquele ano.
Mas era do livro “Não se preocupe comigo”, lançado em 2014 com Bruno Levinson, que Yuka sentia especial orgulho, por retratar de forma completa sua trajetória. Ao longo de 224 páginas, a autobiografia aborda lembranças dos bailes de subúrbio, dos contatos com a turma do reggae na Baixada Fluminense nos anos 1980 (o nome Yuka veio quando integrava o grupo KMD5), passando pelo encontro casual e marcante com o traficante Marcinho VP no alto do Morro Santa Marta durante um evento de hip-hop, pelas lembranças tristes da saída do Rappa e pela amizade com personalidades como o poeta Waly Salomão (1943-2003), o delegado Orlando Zaccone e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
Ainda não há informações sobre o local e horário do velório de Yuka.
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