Há três anos, acontecia a primeira morte por covid-19 em Divinópolis. A médica Ana Cláudia Monteiro Oliveira Araújo faleceu, aos 47 anos, em 8 de abril de 2020 após duas semanas internada no Hospital Santa Mônica.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã do dia seguinte (9) a então diretora de Vigilância em Saúde, Janice Soares, informou que a vítima apresentou sintomas de covid-19 por três semanas. Durante a internação, seu quadro respiratório piorou e foi intubada.
Toda a população da cidade se comoveu perante o caso e publicou homenagens à médica nas redes sociais. Seu velório foi restrito a familiares.
Ana Cláudia deixou dois filhos e o marido, o médico oftalmologista Dr Alair Jr, que publicou nota agradecendo às homenagens prestadas, além de pedir um apelo à população alertando sobre os riscos da doença e para que todos respeitassem o isolamento para evitar novas mortes até que uma solução fosse encontrada.
Em 2021, Alair foi entrevistado no programa Amostra Grátis, da TV Candidés, e falou pela primeira vez sobre a perda de sua esposa. “Esse momento foi muito marcante para mim e aos familiares, mas também para as demais pessoas, uma vez que foi o primeiro óbito na cidade e região. E o fato de ser uma médica e que se cuidava muito, trouxe um alerta ainda mais sobre a gravidade da doença”, relatou o médico.
O que mudou nestes três anos?
Quando Ana Cláudia faleceu, o Brasil e o mundo ainda presenciavam o começo da pandemia de covid-19, com o isolamento social. Apenas setores do comércio considerados essenciais, como supermercados, postos de gasolina e drogarias poderiam funcionar.
O último boletim divulgado pelo município na última segunda-feira (3/4) constatou que 46.096 pessoas testaram positivo para a doença e que 764 pessoas morreram por complicações do coronavírus em Divinópolis. Um óbito foi confirmado nesta semana, duas pessoas estão internadas.
Em janeiro de 2021, a tão esperada vacina contra o covid foi aplicada no Brasil. Ainda no primeiro semestre, o país atingia o pico de casos e de mortes ocasionadas pela doença por meio de mutações do vírus. Ainda no mesmo ano, com a vacinação já avançada, várias atividades que antes eram impossíveis de ser realizadas por conta da aglomeração, como escolas e shows, foram retomadas de forma gradual.
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