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Exclusivo: Candidato a vereador em Divinópolis é acusado de pedir vídeo falso de agressão contra Laiz Soares

Candidato em Divinópolis é acusado de pedir 'deepfake' de agressão contra Laiz Soares
Candidato Ricardo Andrade (SD) é denunciado por pedir vídeo de falsa agressão contra Laiz (PSD). Foto: TSE/Divulgação

O candidato a vereador em Divinópolis, Ricardo Andrade (Solidariedade) é acusado de pedir um vídeo ‘deepfake’, isto é, feito por inteligência artificial, em que a candidata a prefeita da cidade, Laiz Soares (PSD) seria agredida durante a campanha.

O Portal MPA teve acesso à denúncia protocolada pelo Ministério Público no começo de setembro. O arquivo cita que a empresa Elo Comunicação, que prestou serviços para Ricardo em relação a material de campanha, foi procurada para gravar um vídeo em que Laiz simula uma agressão feita por um suposto apoiador de Gleidson Azevedo (Novo), candidato à reeleição.

Ricardo disse ao sócio da empresa que era ‘porta-voz’ da candidata à prefeita e que faria as negociações para a gravação de parte do material.

O sócio da Elo, que inclusive consta na lista de doadores para a campanha de Ricardo na plataforma ‘DivulgaCand’ do TSE, recusou a proposta afirmando que o conteúdo era criminoso. Ele destaca que nem a candidata ou a assessoria dela esteve em contato com a empresa, somente Ricardo.

Por conta disso, a Elo rompeu com Ricardo Andrade. Logo em seguida, o sócio procurou a defesa do prefeito Gleidson para tomar as medidas cabíveis enquanto temia represálias por parte do candidato.

O que dizem os envolvidos?

A Elo Comunicação, através de nota, alegou que os advogados aguardam posicionamento da Justiça sobre o caso. O denunciante afirma ter anexa do à denuncia áudios, conversas e rotas entregues para a investigação. Em relação à Laiz, a empresa ressalta que nunca esteve em contato com a candidata.

O sócio também denunciou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma suposta doação de R$ 2,4 mil a Ricardo, alegando que não houve qualquer doação em espécie por nenhum sócio, diretor ou outro colaborador.

Por fim, a empresa encerrou suas atividades em Divinópolis no dia 24 de setembro após ‘cuidadosa análise das estratégias e objetivos do grupo’.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Laiz Soares afirma que não foi notificada de nenhuma denúncia envolvendo o nome da candidata em supostos ‘deepfakes’.

Ricardo Andrade negou ter pedido o suposto vídeo, afirmando que solicitou apenas produções para material de campanha na internet. O candidato a vereador também disse que não estava ciente de que recebeu doações de qualquer membro da Elo Comunicação. “Minha campanha é toda feita com o recurso do partido e doação de pessoas físicas”, ressaltou.

A redação também entrou em contato com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sobre o avanço das investigações. Porém, o órgão não respondeu até o fechamento desta reportagem.

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