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Finanças: Cotação BEEF3 em queda: risco ou oportunidade?

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Repercutindo o anúncio de que a Minerva decidiu adquirir 16 plantas de bovinos e ovinos da Marfrig na América do Sul por R$ 7,5 bilhões, as ações das companhias operaram com forte volatilidade no pregão de ontem.

Minerva cai -18% e Marfrig sobe +10%

A ação da Marfrig (MRFG3) valorizou de +10,7%, negociada a R$ 7,45, enquanto Minerva (BEEF3) derreteu -18,3%, a R$ 8,91, no primeiro dia de pregão após o acordo.

Gráfico mostra as cotações da Minerva e da Marfrig em 2023
Desempenho de BEEF e MRFG em 2023.Fonte: Bloomberg

O mercado é movido por narrativas

O mercado acionário é muito sujeito à volatilidade e é movido por narrativas no curto prazo.

O Itaú BBA e Citi avaliaram uma expectativa de menor espaço para dividendos extraordinários com a alavancagem que envolveria a operação. Na visão deles, a tese de investimento em BEEF é apoiada por seu pagamento de dividendos (payout).

Outro ponto levantado pelo mercado foi em relação à alavancagem, que poderia permanecer mais elevada caso a Minerva não tivesse sucesso na execução das plantas adquiridas.

A reação negativa do mercado ontem pode ser explicada pelos possíveis efeitos na alavancagem no curto prazo. De qualquer modo, por outro lado, a aquisição também proporciona uma visibilidade interessante para a Minerva no longo prazo.

O que realmente importa?

Para os acionistas de Minerva, o que realmente importa são os fundamentos e as perspectivas de crescimento futuro.

O M&A consolida a Minerva como a maior exportadora de carne bovina da América do Sul. Para a Marfrig, o saldo também é positivo e traz uma redução da sua alavancagem e maior foco no negócio de processados.

Em relação aos dividendos no quarto trimestre, entendemos que Minerva pode segurar ou reduzir a distribuição de proventos em um primeiro momento para investir no próprio crescimento, mas a companhia mantém seu objetivo de gerar valor para seu acionista.

Riscos para Minerva

Não deixamos de lado os riscos em relação à alavancagem da Minerva caso ela tenha dificuldades na execução dos novos ativos. Parte do receio do mercado é pelos problemas com endividamento que a companhia já vivenciou quando comprou ativos da JBS.

Entretanto, a empresa fez um bom trabalho e conseguiu trazer a sua alavancagem a níveis mais confortáveis, como os atuais.

A companhia, no entanto, está adquirindo operações que possuem uma geração de caixa. Ou seja, o incremento de resultados das adquiridas no dia 1 após a conclusão do M&A pode sustentar a alavancagem da Minerva perto dos patamares atuais ou pré-aquisição.

O bom histórico de consolidação das 20 aquisições é um fator positivo que reduz o risco de execução do M&A.

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Postado originalmente por: Nord Research