Divinopolitanos estão na lista que STF julga por atos de janeiro em Brasília; veja os nomes

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19 abr 2023 6:14 PM

O Sistema MPA confirmou que pelo menos dois divinopolitanos estão na lista de 100 presos que o Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta terça-feira (18) a decidir se tornam réus pela invasão e depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Os moradores de Divinópolis são Edson Gonçalves de Oliveira, de 48 anos, e Andrea Maria Maciel Rocha e Machado, de 56. Moradores da cidade seguem em presídios do Distrito Federal.

Andrea Maria Maciel Rocha e Machado, moradora de Divinópolis — Foto: Redes Sociais/Reprodução

Andreia é artesã e ficou conhecida após assumir a liderança de uma associação fundada em favor dos direitos das famílias que perderam restos mortais de parentes no desmoronamento de parte do Cemitério da Paz. Em janeiro, o Sistema MPA conversou com o advogado dela, Matheus Castro.

O placar do julgamento já tem quatro votos para aceitação parcial das acusações. Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Dias Toffoli já apresentaram votos. Os dois ministros do STF decidiram aceitar as denúncias e tornar os investigados réus por incitação pública a prática de crime, associação criminosa e omissão. Os demais integrantes do Supremo têm até dia 24 para votar no plenário virtual.

Operação Lesa Pátria

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18), a décima fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que participaram dos atos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.

A representante de suplementos alimentares de Divinópolis Cristina Gonçalves Naves foi ouvida pela PF. Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido contra ela.

Julgamento

A sessão virtual extraordinária foi convocada pela presidente do STF, ministra Rosa Weber, e acontecerá entre os dias 18 e 24 de abril.

Conforme a convocação, advogados e defensores públicos poderão apresentar sustentações orais até 17 de abril, às 23h59. Logo, no julgamento virtual, o Supremo vai decidir se abre ações penais contra os acusados.

Caso as denúncias sejam aceitas, e os denunciados virem réus, eles poderão responder pelos seguintes crimes: associação criminosa; abolição violenta do estado democrático de direito; golpe de estado; ameaça; perseguição; incitação ao crime; e dano qualificado.

Desde o ataque, a Procuradoria Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.

Das 1,4 mil pessoas presas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.