O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Urbanos de Divinópolis (Sinttrodiv) e o Consórcio Transoeste se reuniram nesta segunda-feira (17) para discutir o reajuste salarial dos motoristas do transporte coletivo municipal.
Ambas as partes não entraram em acordo e ainda há a possibilidade de paralisação do setor.
Os motoristas pedem aumento de salário acima da inflação, argumentando que a renumeração está defasada. Em resposta, o Consórcio Transoeste afirma que as empresas estão em crise devido ao aumento do preço do óleo diesel e o congelamento do preço da “passaginha”, que custa R$ 4,15 desde 2020.
Desta vez, o encontro contou com a presença de representantes da Prefeitura de Divinópolis, que paga subsídios às empresas de ônibus desde 2022. O assessor especial de Governo, Fernando Henrique Oliveira, reconheceu a necessidade de reajuste salarial dos trabalhadores e ressaltou que o repasse às empresas é pago em dia.
Nova reunião marcada em Divinópolis
Entretanto, o Consórcio Transoeste alegou que não é possível reajustar os salários mesmo com o subsídio por parte do Município. No fim da reunião, os empresários se comprometeram a apresentar uma proposta até sexta-feira (21), antes do novo encontro, marcado para a próxima segunda (24).
O presidente do Sindicato, Erivaldo Adami, garante que pode haver paralisação caso o impasse continua. A categoria pode ajuizar um dissídio coletivo e convocando os trabalhadores para uma greve.
Em agosto de 2023, o transporte coletivo ficou paralisado após motoristas se posicionarem contra uma lei municipal que aumentou os valores de multas para irregularidades no serviço. O sindicato argumentou que os funcionários arcariam com o valor, e não as empresas. Dias depois, ambas as partes entraram em acordo.