Moradores do Cacoco de Cima enfrentam há sete meses uma grave infestação de mosquitos, documentada em vídeos nas redes sociais. O local fica na zona rural de Divinópolis (MG). Os moradores encontram-se em uma situação desesperadora. Há cerca de sete meses, têm enfrentado uma infestação severa e tem gerado grande desconforto e preocupação.
Os vídeos publicados pelos moradores mostram a gravidade da situação, com diversos relatos sobre a presença maciça de mosquitos dentro das residências e nas áreas externas. Além disso, denunciam o descarte irregular de resíduos por parte de uma granja existente nas proximidades, o que pode estar contribuindo para a proliferação dos insetos.
Diante desse cenário preocupante, os moradores devem buscar orientação legal. Nossa reportagem falou com uma advogada ambiental, ela orienta a registrar um boletim de ocorrência na polícia do meio ambiente. A advogada recomenda que o boletim inclua detalhes sobre a situação enfrentada pelos moradores, assim como suas suspeitas em relação às possíveis causas da infestação de mosquitos.
A denúncia à polícia ambiental é apenas o primeiro passo dos moradores em busca de uma solução para o problema. As autoridades competentes, no caso o meio ambiente estadual e municipal tem o dever de investigar a situação e tomem as medidas necessárias para resolver o impasse, garantindo assim a qualidade de vida e a saúde da comunidade de Cacoco de Cima.
Empresa se posiciona
A reportagem entrou em contato com a Radil Alimentos, acusada pelos moradores. Através de nota, a empresa disse que a granja possui licença ambiental e que cumpre todas as medidas sanitárias. Além disso, o local é fiscalizado constantemente pelos órgãos públicos. Veja a íntegra abaixo:
A granja São Geraldo, de propriedade da Radil Alimentos possui licença ambiental. Nós seguimos rigorosamente as exigências pois só assim podemos operar. Somos constantemente fiscalizados, seja por denúncias, ou seja por rotina de visita da fiscalização.
Muitas pessoas da comunidade e região que já trabalharam e funcionários podem ser testemunhos do quão alto é o investimento mensal feito para o controle do mosquito. O nosso manejo de controle diário de moscas compreende: um caminhão truck com motorista e equipe de 7 homens, inseticidas de diversas ações além de um controlador de pragas.
Todos os galpões tem seu esterco retirado duas vezes por semana, impedindo assim que a mosca complete o ciclo, sendo levado para outra propriedade (40km) também licenciada e preparada para recebe-lo;
A empresa existe a 43 anos, no início existia pouca vizinhança, entendemos o processo de urbanização que ocorreu, e por isso este controle mais rigoroso se tornou uma obrigação e uma responsabilidade que não negligenciamos.
A alta infestação de mosquito, pode ser relacionada com uma racional observação dos últimos 10 dias, no qual vivemos alta e sequencial incidência de chuvas. Não somos os únicos potenciais geradores de mosquitos da região, currais, chiqueiros e galinheiros contribuem, podemos dizer sobre o nosso controle.
A Radil tem um papel social relevante, fato comprovado ao longo da história dos últimos 43 anos no Cacoco, Inhame e imediações com os empregos diretos e indiretos, nos orgulhamos disso;
Nós todos, funcionários, encarregados, gerentes e proprietários da Radil, tanto trabalham, quanto residem, quanto passam fim de semana na região da granja, sabemos do problema atual, intensificamos por isso o controle a partir desde maior desafio do excesso de chuvas;
Somos plenamente abertos à críticas, recebemos ligações e mensagens sobre o momento vivido de todos os lados. Continuaremos sempre. Já tivemos outros desafios. Acreditamos no trabalho, na simplicidade e na boa intenção.
