A Igreja Católica celebra neste mês a memória de São Lázaro de Betânia, figura emblemática do Evangelho por ter sido ressuscitado por Jesus Cristo após quatro dias no túmulo. Em Divinópolis, a devoção ao santo ganha destaque especial no bairro Jusa Fonseca, onde está localizada a igreja dedicada a ele. A comunidade local organiza uma programação especial que mistura fé, tradição e ação pastoral, proporcionando uma oportunidade única para os fiéis conhecerem mais profundamente a história e o significado de São Lázaro.
Apesar da popularidade da devoção, há uma confusão recorrente entre duas figuras bíblicas com o mesmo nome. Um é Lázaro da parábola do rico e Lázaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas (Lc 16,19-31), onde o personagem representa os pobres e sofredores acolhidos por Deus no Reino dos Céus. O outro — e o celebrado pela Igreja — é Lázaro de Betânia, irmão de Marta e Maria, mencionado no Evangelho de João (Jo 11), que viveu na pequena aldeia de Betânia e era amigo próximo de Jesus.
Para aprofundar essa reflexão e esclarecer a diferença entre as duas figuras, o teólogo e biblista Frei Jacir de Freitas Faria preparou uma mensagem especial. Frei Jacir é referência nacional em estudos bíblicos e costuma abordar temas como fé popular, espiritualidade e interpretação das Escrituras.
O encontro de Jesus com Lázaro morto evoca em nós o nosso encontro com a morte. Quem já passou por isso sabe o quanto dói ver, pela última vez, a presença física de quem nos amou em vida. Lágrimas de sofrimento, de orfandade, lagrimejam numa dor sem fim. Com Jesus não foi diferente. Ele também chorou (Jo 11,35) pela morte do amigo. Choramos pela falta que o amor morto fará em nossas vidas. Quem perde pai e mãe fecha um ciclo de sua vida. Nunca mais poderá chamar pela mãe, pelo pai. O cordão umbilical se rompe definitivamente. No entanto, permanecem os sinais eternos da presença de quem partiu para o encontro com Deus. Duas coisas importantes: sinal e morte. Não morremos somente quando o coração deixar alimentar o nosso corpo com o sangue e o sopro de vida. Podemos morrer em vida para o outro. Quando o amor morre, a vida passa a ser um velório eterno. Que relação existe entre o sinal e o amor com a ressureição de Lázaro? Como identificar a morte do amor pelo símbolo, pelo mistério e pela transparência? Veja o texto completo em www.bibliaeapocrifos.com.br
A festa de São Lázaro no Jusa Fonseca conta com missas, momentos de oração, procissão e atividades comunitárias. A celebração é também uma forma de fortalecer os laços da comunidade, promovendo solidariedade, partilha e espiritualidade.
Confira a programação completa da festa a seguir: